FC Porto vence Benfica e conquista Taça de Portugal

Os dragões conquistaram a 15.ª Taça de Portugal do seu historial, ao vencerem o detentor do troféu, o Benfica, por 81-78, em Viana do Castelo

O FC Porto conquistou a 15.ª Taça de Portugal do seu historial, ao vencer o detentor do troféu, o Benfica, por 81-78, numa emocionante final da competição, com o vencedor indefinido até ao último (décimo de) segundo, este domingo, em Viana do Castelo.

Entrada de dragão provocou um desequilíbrio abrupto no marcador. O FC Porto chegou rapidamente a 9-2 e a onze pontos de vantagem (15-4) com cinco minutos decorridos. O Benfica defendia mal e atacava ainda pior, e via, impotente, o adversário distanciar-se. Nem o parcial de 5-0 culminado com triplo de Carter estancou a sangria de dificuldades dos encarnados, que sofreram outra sequência de ascendente azul e branco, até aos 27-11, a maior diferença então no jogo (16), com que se atingiu o final do primeiro período.

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No retomar da partida, o Benfica deu sinais… de vida. Thomas Drechsel somou cinco pontos consecutivos (17 ao intervalo, de longe o melhor benfiquista) e aproximou a sua equipa no marcador. Mas reação de pouca dura. O FC Porto retomou o ímpeto, sob o comando de Barber (20 pontos em 20 minutos) e expôs as debilidades da águia. Ao quarto minuto, os números no placard desnivelavam-se até aos 18 pontos (38-20), a maior diferença no jogo, e baixá-la para 13 foi o melhor – e já foi muito! - que a equipa orientada por Norberto Alves conseguiu até ao intervalo (49-36).

De qualquer modo, a tomada da liderança no segundo período pelo Benfica, ainda que ligeira (25-22) perante o atraso acumulado no desastroso quarto inaugural, poderia ser um indicador de recuperação e um bálsamo de esperança para as pretensões encarnadas nesta final de Taça – de que estava jogada apenas metade…  

O arranque do terceiro período confirmou essa retoma benfiquista – e o figurino do jogo inverteu-se. Benfica inspirou-se e o FC Porto desnorteou-se. Com três minutos decorridos, a vantagem dos dragões cai tão abruptamente (ou mais!) como se elevou, após dois triplos de Broussard e do irresistível Drechsel. A meio do quarto, os arquirrivais estavam separados por tão-só dois pontos e um minuto depois o Benfica passa para a frente (57-54) com um triplo de José Silva. Quem chegasse nessa altura ao jogo, não acreditaria no que foi o primeiro período.

Após o frenesim da reviravolta, a equipa do Benfica teve de retemperar energias e os derradeiros dois minutos esgotaram-se em toada de equilíbrio, refletida no marcador, com o FC Porto em vantagem tangencial (62-61), deixando tudo em aberto para o último período. Nesta altura, também os dois MPV do jogo quase se igualavam: Drechsel atingia 22 pontos e Barber 20.

A emoção pela indefinição do vencedor desta final perdurou nos primeiros minutos do quarto período, ainda que o FC Porto se tivesse mantido à frente. Primeiro por um dois pontos, depois à passagem pelo meio do quarto (5 m) a aumentar ligeiramente para seis.

Mas o Benfica teve Drechsel (chega aos 29 pontos)… e a três minutos, três pontos (apenas) de avanço dos dragões. A 30 segundos do final, Benfica passa para a frente, por um! Mas a 12 segundos, FC Porto teve na linha de lance livre a conquista das 15.ª Taça de Portugal do seu historial. Charlon Klooff não falhou nenhum dos dois lançamentos. E depois, o Benfica não foi capaz de marcar naquele tempo.