FC Porto conquista Supertaça

FC Porto conquista a Supertaça pela oitava vez em 16 presenças na decisão do troféu. Ex-benfiquista Douglas e Landis brilham na partida. Encarnados estiveram mais de 3m sem marcar no prolongamento

Com a vitória frente ao Benfica no Multiusos de Sines, por 93-97 após prolongamento, o FC Porto conquistou a 39.ª Supertaça Mário Saldanha e passou a somar oito no palmarés. Regresso ao êxito desde que haviam batido a Oliveirense em 2018/19 e num total de 16 presenças na competição criada em 1983/84, mas que teve duas interrupções.

«Era um encontro em que era preciso estamos muito concentrados. O Benfica tem excelente talento, está habituado a ganhar e sabe gerir os momentos do jogo. Taticamente tínhamos de estar muito bem quer em termos ofensivos, quer defensivos, mas sabíamos que tinha de haver coração em determinados momentos e foi isso que fez a diferença», declarou o treinador do FC Porto Fernando Sá.

Tendo discutido a Supertaça pela 22.ª ocasião, as águias mantêm-se como o clube com mais conquistas, 15, Na passada temporada havia superado o Imortal (93-75). Foi a sétima ocasião que as duas formações se defrontaram, tendo a última acontecido em 2016/17, com o desfecho igualmente favorável aos nortenhos.

Num jogo disputado a bom ritmo, mas que, curiosamente até ao intervalo ninguém havia concretizado contra-ataques, e mesmo na 2.ª parte os encarnados só obtiveram 4 pontos nessa situação e o FC Porto 2, as equipas tudo fizeram para não se ressentirem de estarem em início de época e atuarem privados de alguns importantes elementos devido a lesões.

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No entanto, foi nos 5m extra, ainda que os erros de ambos os lados já se terem começado a acumular no final do 4.º período devido ao cansaço, que tudo se decidiu. Os homens de Fernando Sá responderam a dois lance livres de Makram Romdhane (12 pts, 9 res, 6 ass) para desfazer a igualdade a 85-85 com que terminara o 4.º período com um decisivo parcial de 0-10 (88-95) em que os tricampeões nacionais não só viram o tunisino sair por excesso de faltas como ficaram a seco… 3.38m.

Do lado contrário o ex-benfiquista Toney Douglas (22 pts, 7 res, 5 ass) e Phil Fayne (11 pts, 6 res) foram abrindo o fosso no marcador. Quando Diogo Gameiro (12 pts, 4 res) finalmente fez funcionar o placard para os da Luz (90-95) numa entrada para o cesto consentida – era preciso é que o Benfica não marcasse triplos – restavam 15s no cronómetro.

Ainda que nunca permitindo diferença superior a 8 pontos, o conjunto de Norberto Alves andara sempre em desvantagem desde o 5-2 até aos 54-52 a sensivelmente meio da 2.ª parte e foi graças às ações de Ahmaad Rorie (20 pts, 4 res, 4 ass), Romdhane, Nicolás Carvacho (17 pts, 8 res) e João Gomes (13 pts, 5 res) que passou a discutir o desfecho.

Porém, depois de ter chegado aos 84-80 a 17s do fim do 4.º período cometeu dois erros. O primeiro, ao permitir que Max Landis (22 pts, 4 ass) marcasse um sensacional triplo (84-83) a metro e meio da linha dos 6,75m passados 5s. O segundo, quando Carvacho falhou o primeiro de dois lances livres com 8s disponíveis. Isso possibilitou que os portistas não tivessem que converter outro milagroso lançamento de três e bastou a Miguel Queiroz (8 pts, 5 res) encestar debaixo do cesto, após assistência de Landis, e levar a decisão para o prolongamento.

«É basquetebol, os jogos só se resolvem no fim. Eles tiveram um jogador que assumiu um grande lançamento, o Landis. Nós tivemos dois lances livres, metemos um, falhámos outro, podíamos manter na mesma os três pontos de vantagem e depois um erro defensivo na parte final levou a partida para prolongamento. São estes pequenos detalhes que decidem», comentou Norberto Alves.

Xeyrius Williams (6 pts, 11 res, 3 ass), com 22,5 de valorização, foi eleito MVP, mas as maiores estrelas do FC Porto foram mesmo Douglas e Landis.