Da situação de Renato Sanches a Ricardo Rocha para desvalorizar os centrais: tudo o que disse Bruno Lage
Benfica joga com o Estrela da Amadora este sábado, no Estádio da Luz, para a Taça de Portugal
Depois da pausa, como estão os jogadores que estiveram ao serviço das seleções e que impacto vai ter neste jogo com o Estrela da Amadora?
Foi assim que os senti no treino de hoje. Temos de fazer um bom jogo, à semelhança daquilo que temos feito no passado, porque realmente vamos encontrar com um adversário muito competente. Eu não vi o jogo que o Benfica fez esta época com o Estrela da Amadora, mas tenho visto as performances da nossa equipa e, realmente, têm demonstrado muita qualidade. Por isso, temos de estar no nosso melhor. Vamos encontrar uma equipa muito boa, com gente conhecida, como os dois meninos que começaram nesta casa, o Ferro e o Ruben Lima. Será um enorme prazer revê-los, mas o mais importante é aquilo que nós temos de fazer durante os 90 minutos. Temos de fazer um bom jogo e vencer a partida, porque um dos nossos objetivos é seguir em frente com a equipa até a final da taça e vencer a Taça.
Como é que se motiva um jogador como Renato Sanches, que veio para o Benfica para jogar mas que continua a não conseguir fazê-lo devido a lesões?
Fez uma boa questão. Encontrei-o mais motivado do que aquilo que poderíamos pensar. Vi-o esta manhã com uma enorme vontade de voltar o mais rápido possível, isso é o mais importante. E sentirmos isso. Quando acontecem estes momentos, o primeiro passo tem de ser deles, de atitude e motivação, para voltarem o mais rápido possível. Quanto a nós, clube, adeptos, equipa técnica, é apoiá-lo para ele fazer um novo regresso, que espero que seja breve.
Olhando para o último jogo da taça de futebol, e para as escolhas que fez, frente ao Estrela também haverá oportunidade para outros jogadores?
A nossa postura para o jogo vai ser semelhante àquela que nós temos vindo a fazer no passado. Fundamentalmente é apresentar a melhor equipa e perceber em que condições estão os jogadores que vieram das seleções. Nós tivemos muita gente a jogar, e que chegou com alguns toques. Só durante o dia de amanhã vamos ter a certeza de quem estará a 100 por cento disponível para o jogo e será muito em função disso. Sobre estes fenómenos, a grande diferença entre uns jogadores e outros é que há os que têm jogado menos tempo no clube. Mas, todos eles têm treinado muito bem. Estamos realmente satisfeitos com a postura dos jogadores em tentar jogar da forma como nós pretendemos jogar. Têm um rendimento superior, é perceber quem está disponível para o jogo e escolher o melhor onze, em função da estratégia para vencer o jogo.
O Benfica emitiu um comunicado a desmentir uma possível saída de Otamendi em Janeiro. Fica satisfeito?
Deixa-me satisfeito poder contar com os quatro centrais que tenho à disposição. Até coloco António e Tomás na resposta à questão, pois no início da semana Nico estava de saída, António Silva tinha proposta da Juventus e Tomás Araújo também com oportunidade de sair em janeiro. Por precaução já coloquei Ricardo Rocha [treinador-adjunto] a treinar, pois poderiam sair os três ao mesmo tempo e precisaríamos de outro central (risos). O mais importante é aquilo que eu vou sentindo no dia-a-dia. Primeiro olhar e perceber que os jogadores estão focados no Benfica e depois estar muito atento ao rendimento deles. Porque como disse anteriormente, ninguém tem lugar garantido no Benfica.
Kaboré também tem sido apontado a sair...
Sinto toda a gente focada no Benfica e a treinar bem. Há questões que podem acontecer em janeiro, há tanta coisa que pode acontecer em janeiro, equipas de topo com lesões gravíssimas de centrais, e temos de estar preparados para responder se eventualmente acontecer alguma coisa.
E como está a gestão do restante plantel para a Champions, devido a essas várias queixas ou lesões?
Vamos fazer o treino de amanhã e ver quem está a 100 por cento para jogar. A gestão tem de ser muito individual de cada jogador, porque uns recuperam de uma forma e outros de outra. O estado emocional também é diferente. Uns chegam mais felizes e contentes e realizados do que outros. Tem de se perceber o momento a cada jogador. Nesta altura, a competir de quatro em quatro dias, é preciso perceber isso muito bem, a questão emocional, física e não os colocar em período de lesão e perceber a carga de treinos e de jogo que trazem da seleção.
Pode esclarecer a situação de Bah, pois o selecionador disse que estava com dores. Tem tido problemas físicos, não há nenhuma lesão crónica?
Temos de olhar caso a caso e depois a relação e a comunicação que temos com as várias seleções. O Bah e o Carreras têm sido dos mais utilizados por nós. Por vezes há situações de fadiga mais geral e aqui houve um entendimento muito bom entre clube e seleção. Importante é também o regime e a intensidade a que ele joga, por isso achou-se melhor neste período de 15 dias fazer apenas um jogo. Recuperou bem, fez a viagem, e treinou bem connosco ontem e hoje. Está numa fase final da recuperação e na próxima semana deve integrar os trabalhos com a equipa.
Que plano de jogo do Estrela da Amadora espera para este jogo?
O que espero é um Estrela muito semelhante ao que fez com o Sporting na primeira parte. Foram realmente 45 minutos com uma dinâmica muito interessante, uma linha de cinco com os laterais muito projetados e uma dinâmica dos pontas de lança muito fortes com o Rodrigo Pinho, que jogou aqui, também muito bem, médios bons e a entrar em zonas de entre linhas... Por isso temos de estar recuperados, a 100 por cento focados no jogo, porque isso é o mais importante.