Hóquei em patins «Benfica é o melhor do Mundo no hóquei em patins»
O hoquista francês do Benfica, Roberto Di Benedetto, afirma que o clube que representa desde o início da temporada finda é «o melhor do Mundo no hóquei em patins».
O avançado, de 26 anos, recém-sagrado campeão nacional português no primeiro de três anos de contrato com o Benfica (2025), proveniente do espanhol HC Liceo, declarou-o em entrevista ao canal HG.net, esta sexta-feira, em que elogia o fervor clubista dos adeptos portugueses da modalidade, definindo algumas falanges da «afficion» dos «três do futebol» como «gente fanática».
«Os adeptos do Benfica são espetaculares, muito apaixonados, acompanham a equipa a todo o lado, joguemos onde joguemos, quer seja no Norte ou em Lisboa. Há gente fanática. Mas não só os do Benfica, também os do Sporting e do FC Porto, ou mesmo do OC Barcelos, que também tem muita gente no hóquei, mas essencialmente aqueles três do futebol. Quando há dérbi ou clássico, podem até não gostar tanto assim da modalidade, mas vão apoiar o emblema, querem que o clube ganhe. E contra um rival, então, nem se explica!», refere Roberto Di Benedetto, no momento empenhado nos próximos compromissos da seleção francesa, que a partir de julho participa no Europeu, em Espanha (Noia), e é adversária da equipa portuguesa na fase de grupos (A), defrontando-se dia 19, pelas 17h30.
Em época de estreia no Campeonato de Portugal, o mais novo dos irmãos Di Benedetto (Carlo, de 27 anos, jogador do FC Porto, e Bruno, 26, reforço da Oliveirense a partir da próxima temporada, também oriundo do HC Liceo) participou em 49 jogos, marcou 22 golos e fez 23 assistências pelo Benfica.
«Não sabia o que iria encontrar em Portugal. Apenas que o jogo era mais revolto, de parada e resposta, proporcionando maior liberdade individual aos jogadores, ao contrário do que se pratica em Espanha, mais tático e fechado, a necessitar de evoluir, penso, em particular no ataque», descreveu o jogador, que considera ter tido no clube da Luz o melhor ano desportivo «que poderia desejar.»
«Encaixei bem, numa equipa em que objetivo é ganhar sempre, e ganhar tudo. Não se pode ganhar tudo, claro, mas fomos campeões», destacou.
«Por tudo o vivi, é espetacular. Ganhemos ou perdemos, os nossos adeptos estão sempre com a equipa. Estou convicto de que estou no maior clube do mundo de hóquei em patins. Não podia sonhar em estar melhor. E a estrutura também é grande, o presidente vai aos jogos, acompanha de perto a equipa… Isso demonstra quão importante é o hóquei para o Benfica, e em Portugal», frisa Di Benedetto.
«Escolhi o Benfica, porque tem uma grande equipa, com jogadores consagrados, até mundialmente. Nunca joguei num clube com um plantel tão completo e com tanta qualidade. Senti que podia ajudar, mas que também podiam ajudar-me, nos meus objetivos de carreira», explicou.
No final da conversa, o entrevistador confrontou Roberto Di Benedetto com lisonjeira comparação com o antigo astro argentino Francisco ‘Panchito’ Velasquez, jogador do Benfica entre 2000 e 2003. O francês rejeitou-a simpaticamente. «Claro que gostaria de ser um dia o melhor do Mundo, e ser recordado pelo que fiz no hóquei. Mas quero, acima de tudo, ser útil à equipa que represento. Não sou de receber flores…», concluiu.