Benfica bate Sporting e está na final da Taça Hugo dos Santos

Benfica bate Sporting e está na final da Taça Hugo dos Santos

BASQUETEBOL04.05.202420:31

Águias e dragões irão discutir o troféu pela quarta vez. Meia-final de fraca qualidade em que os leões usaram a defesa para contrariar as armas ofensivas que não tinham devido a lesões e iam causando uma surpresa, só que cometeram o erro de, nos derradeiros 4m, querer resolver tudo para lá da linha de três pontos, de onde estiveram miseráveis com 2/25.

Ao derrotar, este sábado, o Sporting por 66-73 (12-20, 20-26, 19-15, 15-12) na meia-final da XV Taça Hugo dos Santos de basquetebol, o Benfica assegurou a presença, amanhã, na discussão do troféu frente ao FC Porto, no Multiusos de Gondomar (16.30h). Ao início da tarde os dragões haviam superado a Oliveirense por 62-71.  

Uma coisa é já certa: o próximo vencedor será diferente das duas últimas temporadas depois do conjunto de Alvalade ter ganho a competição que tem separado da fase regular do campeonato do play-off em 2021/22 e 2022/23.

Principal detentor do troféu, com um total de 12 vitórias, seis quando ainda era Taça da Liga e outras tantas, em 10 finais, desde que, em 2009/10, a competição regressou ao calendário nacional após um ano de interregno e já com a designação de Taça Hugo dos Santos, os encarnados estão na final pela 20.ª ocasião, 10.ª nesta nova era.

Em 2021/22 foi a última vez que estiveram na final, perdendo para o Sporting por 66-64. Tendo o FC Porto como adversário o embate aconteceu em 2016/17, onde levaram a melhor por 77-60. Será a quarta ocasião que a final se discute entre Benfica e FC Porto (2-1) e todas aconteceram como Taça Hugo dos Santos.

Quanto à semifinal em si, o conjunto de Norberto Alves apenas permitiu que os detentores do troféu liderassem por três vezes até ao 4-6 e que a terceira e última igualdade acontecesse a 6-6. Mostraram que vinham preparados para as táticas e alternâncias defensivas, entre pressão campo inteiro e zona 2x3, que os verdes e brancos apresentaram para reduzir o ritmo e transição ofensiva do Benfica e tentar minimizar o impacto da ausência de algumas das figuras principais dos de Alvalade devido a lesão.

O que os bicampeões nacionais não estavam preparados era para os seus sucessivos momentos de fraca qualidade e um adormecimento dos jogadores na 2.ª parte que permitiu ao Sporting acreditar que, depois de ter estado a perder por 15 (31-46) pouco antes do intervalo e ter ido para os balneários com 1/12 em lançamentos de três pontos (8%) e 9/23 em lançamentos de 2 (39%), a vitória era possível.

Se o parcial de 7-0 (39-46) no arranque do 3.º quarto trouxe um leão disposto a deixar a pele e o osso em campo sem nunca mais permitir que a desvantagem tornasse a ser superior a 10 pontos, também revelou um Benfica letárgico , com pouca capacidade de reação.

As coisas complicaram-se ainda mais no início do 4.º período quando mais um parcial de 12-3 reduziu a diferença a um ponto a 4.51m do apito final, tendo André Cruz (10 pts, 9 res) convertido 8 dos seus pontos e Carlos Cardoso (11 pts, 5 res) aproveitar três lances livres a cobrar falta para deixar o placard em 66-67.

Tudo podia acontecer. Mas não aconteceu nada. O Sporting cometeu o erro de pretender matar a partida para lá da linha de três pontos, de onde acabou com míseros 2/25 (8%) e nunca mais marcou enquanto, mesmo a atuar mal, Aaron Broussard (11 pts, 6 res) e Makram Romdhane (15 pts, 7 res) selaram o marcador e garantiram a final.  

Um destaque em especial para Rasaq Yussuf (13 pts, 5 res) e o esforçado Marlo Loncovic (13 pts, 6 res), que se bateram debaixo da tabela e juntamente com o resto da equipa permitiram  conquista de 44 ressaltos , 18 deles ofensivos, com contra 38 (10) das águias.