Surf: Kikas está fora de Supertubos e prova já não tem portugueses
Frederico Morais em ação (IMAGO)

Surf: Kikas está fora de Supertubos e prova já não tem portugueses

SURF11.03.202414:55

Frederico Morais resignado em Peniche: «Às vezes cai para o nosso lado, outras vezes não cai»

Supertubos terminou para Frederico Morais e Matias Canhoto que, depois das eliminações de Franciska Veselko (17.º classificada) e Joaquim Chaves (33.º) deixa de ter representantes portugueses na água.

 Na ronda 32 da 15.ª edição do MEO Rip Curl PRO, 3.ª etapa do circuito de elite da Liga Mundial de Surf (World Surf League) a decorrer em Peniche, Kikas (13 pontos, em 20 possíveis) foi eliminado pelo brasileiro Yago Dora (15,77 pts), enquanto Canhoto (7,40 pts), wildcard do evento português por lesão de Kelly Slater, foi afastado pelo norte-americano Jack Robinson (11,90 pts).

 No regresso do “circo” do surf mundial ao palco natural, a praia dos tubos de Peniche e habitual “casa” da etapa portuguesa do Championship Tour (CT), após passagem na véspera (domingo) pelo Molhe Leste, dois aéreos de Dora (9,00+6,77) retiraram Frederico Morais do caminho dos oitavos da prova. Termina classificado em 17.º, repetindo o posto alcançado em Pipeline (a que soma o 9.º em Sunset), no Havai.

 «Faz parte do desporto e da profissão que escolhi. Uma pessoa umas vezes ganha, outras perde e o Yago surfou bem. Segue para a próxima», começou por dizer aos jornalistas Frederico Morais.

 O surfista de Cascais, 32 anos, membro residente no CT, aterrou em Portugal dentro do top-20, no lugar 17.º do ranking. Tendo assumido no arranque da prova o objetivo de sair de Portugal num lugar confortável, parte, no entanto, para as duas etapas da perna australiana pressionado para tentar manter-se abaixo da linha de 22 surfistas incluídos dentro do cut (corte) de meio da temporada.

Isto é, no grupo de atletas que seguem para a segunda metade da época com a garantia de permanência no CT em 2025 e na luta pelo título (WSL Finals), caindo os demais - despromoção - para o Challenger Series (CS), circuito de qualificação para a elite.

«A abordagem à perna australiana, é uma abordagem igual. São etapas (Bells, 26 de março a 5 de abril e Margareth River, 11 a 21 de abril) que gosto e me sinto bem. Sou um sortudo e estou tranquilo», afirmou desvalorizando a necessidade imperiosa de ir em busca do prejuízo.

«O que acontecer, acontece, sou feliz na mesma, ganhando ou perdendo é a minha abordagem hoje em dia, tenho outras prioridades na vida», realçou. «Preparei-me o melhor que me posso preparar e às vezes cai para o nosso lado, outras vezes não cai, espero que cai na Austrália e conseguir manter-me na segunda metade do ano», finalizou o surfista completou a nona participação da etapa portuguesa.