Volta a Portugal Rafael Reis de novo de 'amarelo': Sabíamos que podia acontecer»
Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor) recupera a camisola amarela conquistada quarta-feira no prólogo, em Viseu, primeiro dia da Volta, e perdida sexta-feira, após a segunda etapa, em Vila Franca de Xira, para o venezuelano Leangel Linarez (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua).
«Sabíamos que isto podia acontecer neste dia [que alguns velocistas que estavam nas primeiras posições da geral ficassem para trás na subida final, a sete quilómetros da meta]. Tivemos informação, pelo rádio, que os camisolas amarela e laranja estavam a passar por dificuldades e pegámos na corrida. Depois, a única coisa que tive de fazer foi não perder tempo no sprint final», explicou o setubalense, de 31 anos.
«Soube bem ter algum descanso não tendo de trabalhar para manter a amarela. Era um dos objetivos de sexta-feira, correu bem e poupámos bem a equipa: foram quase 400 km que não puxámos. Domingo já vamos para cima, vai estar vento de frente, vento norte. Vamos ver o que vamos fazer», anteviu Rafael Reis.
«João Matias está bastante perto e é um dos favoritos para a tirada de amanhã [domingo], por isso tenho a mesma coisa a dizer: temos de poupar a equipa para a etapa de segunda-feira [Mação-Torre, chega a alta montanha], e depois para a da Guarda [partida em Penamacor, também montanha]. Essas duas vão ser etapas-chave na Volta. A da Guarda é ‘chata’ [risos]. Temos de manter a equipa intacta até aí, serão dias decisivos», prevê Rafael Reis, que tem dois segundos de vantagem sobre João Matias (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), vencedor da 3.ª etapa, este sábado, segundo da geral.
«O Maurício Moreira, quinto da geral, a 5 segundos, não se vai enganar no quarto e roubar-me a amarela para ir para a estrada já? Não [risos], nada disso. Estou muito contente e descansado por ter companheiros de equipa ali pertinho de mim na classificação. Dá-me uma força extra para também estar ali, para aparecer, ser útil à equipa e estar disponível para tudo o que eles me pedirem. Não vou entrar em grupos que possam ser perigosos. Estou disponível para trabalhar em prol da equipa em tudo o que me pedirem. Quantos kg perdi hoje? Não sei, ainda não me pesei, mas estou e sinto-me bastante mais magro e desidratado [visível a olho nu]», concluiu o novo líder da Volta a Portugal.