Chelsea-Fulham, 1-2 Loucura e reviravolta: Marco Silva bate Chelsea nos últimos instantes!

INTERNACIONAL26.12.202417:05

Fulham estava a perder aos 82'. Do banco, Marco Silva fez saltar os autores dos golos do triunfo e conseguiu algo que não acontecia há 61 anos: esta foi a segunda vitória de sempre dos 'cottagers' em Stamford Bridge!

Continua imparável esta coisa de Marco Silva provocar quedas aos grandes do futebol inglês, em particular neste mês de dezembro. Assim, depois de Liverpool (2-2) e Arsenal (1-1), foi agora a vez de o Chelsea, com Pedro Neto como único português no onze, também cair diante do Fulham. E com estrondo! A perderem até aos 82’, os cottagers deram a volta à história e, nos derradeiros segundos do louco dérbi londrino do Boxing Day, a segunda vitória (2-1) de sempre em Stamford Bridge para a Premier League! A primeira e única até agora acontecera na época 1963/64 (igualmente por 2-1).

Para os blues de Enzo Maresca, que vinham lançados na luta pela liderança da Premier League, esta acabou por ser primeira derrota após 12 jogos sem conhecerem o sabor do desaire, ao passo que os cottagers mantêm a série de jogos sem perderem, que dura há um mês e que ascendeu agora a seis (duas vitórias e quatro empates).

Até houve mais Chelsea na fase inicial do jogo, num domínio crescente que deu frutos logo aos 16 minutos, quando Levi Colwill assistiu Cole Palmer que à entrada da área atirou, em jeito, para o canto inferior esquerdo. 

Um golo bonito e, também, com lugar na história: o atacante inglês tornou-se no maior goleador do clube londrino num ano civil, com um total de 26 remates certeiros (mais um do que Jimmy Hasselbaink em 2001 e mais quatro do que Didier Drogba em 2010).

Um golo, ainda, que teve o condão de… equilibrar o duelo. Despertaram os cottagers, que criariam finalmente lances de perigo, destacando-se o ocorrido aos 26’, com Calvin Bassey a passar por alguns defesas dentro da grande área e a rematar para grande defesa de Robert Sánchez.

Pedro Neto nos cruzamentos e Cole Palmer nas tentativas de finalização iam sendo os elementos em maior destaque na equipa da casa, mas a grande oportunidade para alargar a vantagem saiu de um cabeceamento de Cucurella (36’) que obrigou Bernd Leno a enorme defesa.

A enorme celebração do Fulham em Stamford Bridge (foto: Imago)

O guarda-redes do conjunto de Marco Silva voltaria a brilhar no início da segunda parte, travando um disparo de Enzo Fernández, aos 49’. No minuto seguinte, a bola entraria mesmo na baliza do Fulham, mas o autor do remate, Levi Colwill, estava em posição de fora de jogo e o golo foi anulado.

Marco Silva pedia mais aos seus jogadores e estes responderam, surgindo cada vez mais vezes junto da área do Chelsea, num crescendo que quase resultou no 1-1 aos 62’, quando Robinson atirou para o voo bem sucedido de Robert Sánchez.

Marco Silva conquista grande vitória diante do Chelsea (foto: Imago)

Cresciam os cottagers, mas não desistiam os blues, factos que permitiram que as oportunidades se fossem sucedendo junto das duas balizas (com ligeiro ascendente para os homens de Marco Silva), ao mesmo tempo que, contudo, se revelava a falta de eficácia de ambos os conjuntos.

Até que, quando já se esperava que o marcador não sofresse mais alterações, também o Fulham decidiu pôr ponto final numa longa história: não marcava em Stamford Bridge desde 2011, jejum que chegou ao fim aos 82’ do encontro desta quinta-feira, quando Harry Wilson, que saltara do banco, cabeceou para o 1-1, após assistência de Timothy Castagne.

Mas o melhor ainda estava para vir: aos 90+5’, o também suplente utilizado Rodrigo Muniz recebeu um belo passe e diaprou à queima-roupa para o canto inferior direito. Era o fim, era a loucura, era a festa total no banco do Fulham.