Prova com impacto brutal de 12 milhões
Fotografia Pedro Mestre/WSL

Prova com impacto brutal de 12 milhões

SURF05.03.202410:23

PARTE 3 - Alteração e prolongamento das estações abrem as portas para novas oportunidades de negócio. Não só para a zona de Peniche, mas para todo o Oeste.

Há contas ao investimento feito e há números que saltam à vista. «O último estudo do impacto económico durante a prova rondava os 12 milhões de euros para a zona de Peniche. É um número brutal», sustentou Francisco Spínola presidente da WSL para a Europa, África e Médio Oriente.

A realidade pode já ser outra. «Estamos a desenvolver um estudo socioeconómico com o ISEG/Expresso, em que apresentaremos alguns dados a seguir a Peniche e, posteriormente, divulgaremos um estudo final, na Ericeira, penúltima etapa do Challenger Series, em outubro», anunciou Frederico Teixeira.

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«É inequívoco que o surf traz um desenvolvimento não só para a zona de Peniche, mas a todo o Oeste. Especialmente os locais que recebem provas da WSL, Ericeira e Nazaré», frisou logo Spínola. «E não falo em termos de retorno mediático. Quem viaja pelo estrangeiro só se ouve Cristiano Ronaldo e Nazaré», acrescentou.

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Regressa a Peniche. «Estamos a criar um evento em março, a criar uma nova sazonalidade. Primeiro, foi em outubro, mas o verão deixou de acabar em setembro e passou a ir até outubro. É inegável e não existia. Agora, começa em março e não em junho», elucidou. «Cada euro que entra nesta altura, era um euro que não existia. É criado pelo evento», disparou.

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51 mil pessoas

Ao longo dos anos, são aos milhares o número de migrantes, vindos de on shore, a dar ao areal de Supertubos. Em 2023, a 12 de março, segundo dia de competição na etapa portuguesa, 51 mil pessoas taparam os grãos de areia do teatro do Oeste para assistir aos heróis das bombas tubulares, segundo dados da organização.

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Um novo máximo histórico num ano em que foram mais de 150 mil pessoas a passar pelo mais famoso beach break do Oeste luso, sendo que «30 por cento do público é estrangeiro», asseverou o gestor de eventos da WSL Europa, Frederico Teixeira.

11 câmaras e um VAR

Levar o evento do CT ao país e a todos o mundo, obriga ao uso de «dois drones, oito câmaras em terra, nove se contarmos com a dos juízes, porque têm uma edição própria, é tipo o VAR», informou Teixeira. Mas há mais. «Temos mais duas câmaras de água e, depende das condições, ainda um câmara e um repórter na água com jet-ski.

Fotografia Pedro Mestre/WSL

Kelly Slater & Sally Fitzgibbons

Robert Kelly Slater e Sally Fitzgibbons. Ele, 52 anos, nasceu em Cocoa Beach, Florida (EUA). Ela, 33, viu a primeira luz em Gerroa, Nova Gales do Sul, Austrália. Em comum, são surfistas profissionais. Um, é 11 vezes campeão do circuito mundial. A outra, é quatro vezes campeã mundial nos ISA Surfing Games, tendo conquistado a quarta medalha de ouro no passado fim de semana, em Porto Rico. Ambos são olímpicos, estiveram na estreia da modalidade em Tóquio-2020, e vão falhar os Jogos Paris-2024.

Fotografia Pedro Mestre/WSL

Mas há algo mais que une Slatter e Fitzgibbons. É que os dois competem em Peniche desde o dia em que tudo começou, no Rip Curl Search 2009.Slater, 15.ª visita ao Oeste, é acompanhado por Jordi Smith (falhou, por lesão, 2015). Sally não terá a companhia de Stephanie Gilmore, multicampeã mundial que fez uma pausa esta temporada na quarta aparição em Peniche a que soma a mão cheia de participações nas etapas do Women’s Championship Tour (WCT), nos anos em que a prova feminina estacionou em Cascais (2013 a 2017).

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