5 março 2024, 08:43
Supertubos - Ondas e dinheiro
PARTE 1 - Prova celebra a 15.ª edição. Começa quarta-feira e custa 3,5 milhões de euros. A BOLA explica o sucesso da única etapa europeia do Circuito Mundial, que deverá renovar a permanência
PARTE 3 - Alteração e prolongamento das estações abrem as portas para novas oportunidades de negócio. Não só para a zona de Peniche, mas para todo o Oeste.
Há contas ao investimento feito e há números que saltam à vista. «O último estudo do impacto económico durante a prova rondava os 12 milhões de euros para a zona de Peniche. É um número brutal», sustentou Francisco Spínola presidente da WSL para a Europa, África e Médio Oriente.
A realidade pode já ser outra. «Estamos a desenvolver um estudo socioeconómico com o ISEG/Expresso, em que apresentaremos alguns dados a seguir a Peniche e, posteriormente, divulgaremos um estudo final, na Ericeira, penúltima etapa do Challenger Series, em outubro», anunciou Frederico Teixeira.
«É inequívoco que o surf traz um desenvolvimento não só para a zona de Peniche, mas a todo o Oeste. Especialmente os locais que recebem provas da WSL, Ericeira e Nazaré», frisou logo Spínola. «E não falo em termos de retorno mediático. Quem viaja pelo estrangeiro só se ouve Cristiano Ronaldo e Nazaré», acrescentou.
5 março 2024, 08:43
PARTE 1 - Prova celebra a 15.ª edição. Começa quarta-feira e custa 3,5 milhões de euros. A BOLA explica o sucesso da única etapa europeia do Circuito Mundial, que deverá renovar a permanência
Regressa a Peniche. «Estamos a criar um evento em março, a criar uma nova sazonalidade. Primeiro, foi em outubro, mas o verão deixou de acabar em setembro e passou a ir até outubro. É inegável e não existia. Agora, começa em março e não em junho», elucidou. «Cada euro que entra nesta altura, era um euro que não existia. É criado pelo evento», disparou.
Ao longo dos anos, são aos milhares o número de migrantes, vindos de on shore, a dar ao areal de Supertubos. Em 2023, a 12 de março, segundo dia de competição na etapa portuguesa, 51 mil pessoas taparam os grãos de areia do teatro do Oeste para assistir aos heróis das bombas tubulares, segundo dados da organização.
Um novo máximo histórico num ano em que foram mais de 150 mil pessoas a passar pelo mais famoso beach break do Oeste luso, sendo que «30 por cento do público é estrangeiro», asseverou o gestor de eventos da WSL Europa, Frederico Teixeira.
Levar o evento do CT ao país e a todos o mundo, obriga ao uso de «dois drones, oito câmaras em terra, nove se contarmos com a dos juízes, porque têm uma edição própria, é tipo o VAR», informou Teixeira. Mas há mais. «Temos mais duas câmaras de água e, depende das condições, ainda um câmara e um repórter na água com jet-ski.
Robert Kelly Slater e Sally Fitzgibbons. Ele, 52 anos, nasceu em Cocoa Beach, Florida (EUA). Ela, 33, viu a primeira luz em Gerroa, Nova Gales do Sul, Austrália. Em comum, são surfistas profissionais. Um, é 11 vezes campeão do circuito mundial. A outra, é quatro vezes campeã mundial nos ISA Surfing Games, tendo conquistado a quarta medalha de ouro no passado fim de semana, em Porto Rico. Ambos são olímpicos, estiveram na estreia da modalidade em Tóquio-2020, e vão falhar os Jogos Paris-2024.
Mas há algo mais que une Slatter e Fitzgibbons. É que os dois competem em Peniche desde o dia em que tudo começou, no Rip Curl Search 2009.Slater, 15.ª visita ao Oeste, é acompanhado por Jordi Smith (falhou, por lesão, 2015). Sally não terá a companhia de Stephanie Gilmore, multicampeã mundial que fez uma pausa esta temporada na quarta aparição em Peniche a que soma a mão cheia de participações nas etapas do Women’s Championship Tour (WCT), nos anos em que a prova feminina estacionou em Cascais (2013 a 2017).
5 março 2024, 09:35
PARTE 2 - Organização conta com um exército de pessoas e tecnologia para ajudar a montar e transmitir a prova para os quatro cantos do mundo