Pogacar: «Este ano tudo correu na perfeição, estou super feliz»

Pogacar: «Este ano tudo correu na perfeição, estou super feliz»

CICLISMO21.07.202421:11

Esloveno falou sobre o significado da suas terceira vitória na Volta a França, dos erros cometidos nas duas anteriores épocas e como a namorada ficava irritada por ele ir habitualmente treinar para para o percurso que agora acabou por ser parte da última etapa de contrarrelógio. Ah! E que também quer ser campeão do mundo

«Estou super-feliz. Não consigo descrever o quão feliz me sinto depois de dois anos difíceis no Tour de France, nos quais cometemos sempre alguns erros que nos custaram a corrida. Este ano, tudo correu na perfeição. Estou super-feliz, é incrível!», reforçou o esloveno Tadej Pogacar, de 25 anos, após ter conquistado e celebrado a conquista da 111.ª Volta a França 2025. Êxito que o colocou no degrau mais alto do pódio pela terceira ocasião (2020, 2021) nas últimas cinco edições.

«Este foi a primeira grande volta em que estive totalmente confiante todos os dias. Mesmo no último Giro tive um mau dia – não direi qual», brincou.

«Este Tour de France foi incrível. Gostei desde o primeiro dia até hoje, em que comecei com uma boa vibe. Foi lindo largar da grelha de fórmula 1 do melhor circuito de F1 de sempre!», refere face ao facto do percurso de 33,7km entre Mónaco, onde reside, e Nice, ser como estar a correr em casa.

Note-se que, pela primiera vez desde 1903, ou seja, a primeira edição do Tour, a corrida não termina em Paris, mas em Nice. Opção tomada pela organização e pelos responsáveis da Cidade Luz devido a esta estar a ultimar os preparativos e as medidas de segurança para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, que terão a cerimónia de abertura, no rio Sena, na próxima sexta-feira. Aliás, Além da última etapa ter acabado desde sempre em Paris, sequência apenas agora interrompida, a derradeira meta acontecia no Campos Elísios desde 1975. Desde 1986 que o Tour não terminava com um contrarrelógio.

«Apenas ouvia os meus tempos em comparação com o Remco [Evenepoel, belga que ficou em 3.º]. Estava a sentir-me super-bem no topo da primeira subida. Na minha cabeça, tinha as palavras da minha namorada Urska - ela odiava-me porque eu fazia sempre este caminho nos treinos. Mas não foi tempo perdido, hoje até foi útil», diz o homem que impôs 1.03m ao dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma), 2.º mais rápido no contrarrelógio e da geral.

«Nos últimos anos temos ouvido dizer que esta é a melhor era do ciclismo. Se não estivesse a competir, diria o mesmo. Este tipo de competição com Remco, Jonas, Primoz [Roglic, compatriota]… É simplesmente incrível. E muitos jovens estão a chegar, cada vez mais. Temos de aproveitar esta bela era do ciclismo. A seguir… sei que o Mathieu [vam der Poel, belga campeão do mundo] fica bem com a camisola arco-íris, mas quero tirar-lhe isso», concluiu Pogacar que agora terá como próximo grande desafio os Jogos de Paris-2024, mas já terça-feira competirá no Criterium de Surhuisterveen, nos Países Baixos.

Tadel Pougacar acabou por ganhar seis das 21 etapas que constituíam o Tour em 2024. Quando venceu pela primeira vez em 2020 apenas havia sido o mais rápido em três (9.ª, 15.ª, 20.ª), tal como voltaria a acontecer em 2021 (5.º, 17.ª, 18.ª), nesta tendo Jonas Vingegaard acabado a prova no 2.º lugar.