Paris 2024: Tréguas Olímpicas aprovadas com abstenção da Rússia
Tony Estanguet, presidente de Paris 2024, e Thomas Bach, presidente do COI na Assembleia Geral da ONU (fotografia retirada do site das Nações Unidas)

Paris 2024: Tréguas Olímpicas aprovadas com abstenção da Rússia

OLIMPISMO23.11.202313:43

País europeu apontou «exclusão ilegal de atletas russos» das competições internacionais como justificação do voto

A Assembleia Geral da ONU votou a favor de tréguas Olímpicas para os Jogos de 2024 em Paris. A proposta foi votada com 118 votos a favor, nenhum contra, mas contou com as abstenções da Rússia e da Síria.

Thomas Bach, presidente do COI, discursou após a aprovação da moção, que costuma ser uma formalidade, e referiu-se indiretamente às ações militares da Rússia na Ucrânia e de Israel em Gaza e na Palestina.

«Neste mundo frágil, esta Resolução sobre a Trégua Olímpica é mais relevante do que nunca. Nestes tempos difíceis, esta resolução é a nossa oportunidade de enviar um sinal inequívoco ao mundo - sim, podemos unir-nos, mesmo em tempos de guerras e crises», referiu Bach.

Refira-se que a Rússia foi precisamente retirada do COI por ter integrado, como membros, organizações desportivas regionais ques estão sob o Comité Ucraniano, uma violação da Carta Olímpica. 

A representante da Rússia, Maria Zabolotskaya, afirmou que o país sempre apoiou a trégua olímpica, no entanto, a abstenção deve-se ao facto de considerarem «ilegal a exclusão dos atletas russos das competições desportivas internacionais». É de referir, no entanto, que podem competir sob bandeira neutra.

Na sessão houve ainda espaço para criticar os Jogos Mundiais da Amizade, organizados pela Rússia entre 15 a 29 de setembro, como alternativa aos Jogos Olímpicos. «Isto leva à fragmentação política do desporto internacional e, em última análise, significa que não haverá mais campeonatos mundiais num mundo dividido», acusou o presidente do COI.