Nacional de corta-mato centenário será na Amora
Cidade recebe o evento pela terceira vez nas últimas quatro temporadas. Carlos Lopes e Rosa Mota continuam a ser os maiores detentores de títulos, Samuel Barata e Mariana Machado os atuais bicampeões
Um ano depois de Samuel Barata (Benfica) e Mariana Machado (Sporting de Braga) terem ganho o Nacional de corta-mato a nível individual, curiosamente sagrando-se ambos bicampeões (2021/22, 2022/23), o campeonato que marca o arranque da temporada de competição ao ar livre está de volta à cidade de Amora, a 26 de novembro, para celebrar a 100.º edição.
A federação de atletismo junta assim a celebração do centenário de uma das suas competições mais emblemáticas ao facto da Câmara Municipal do Seixal também comemorar os 187 anos da entrega do foral por parte de D. Maria II que elevou a localidade a concelho.
Esta será, aliás, a terceira vez que Amora recebe a competição nas últimas quatro temporadas, sequência apenas interrompida por Vale de Cambra em 2021/22.
Segundo a FPN estão ainda planeadas, em conjunto com a autarquia, uma série de iniciativas para a promoção e divulgação da modalidade, especialmente nesta variante, com base no testemunho histórico dos factos e dos protagonistas.
Carlos Lopes continua a ser, de longe, o maior detentor de títulos individuais, dez entre 1970 e 1984, enquanto no sector feminino ainda ninguém igualou os oitos conquistados por Rosa Mota, entre 1975 e 1985.
Os Nacionais de corta-mato tiveram a primeira edição em maio de 1911, em Lisboa, com participação de 48 atletas, em representação de oito clubes e com Francisco Lázaro (Benfica) a tornar-se no primeiro campeão. O primeiro campeonato feminino aconteceu em 1967, tendo Manuela Simões (Benfica) sido a mais rápida. Êxito que repetiria nos três anos seguintes.
Em 2022/23 a prova contou com 2025 atletas, com registo de 133 clubes. Benfica (masculinos) e Feirense (femininos) ganharam a nível coletivo.