Surf Mundial: Portugal falha objetivos olímpicos

A seleção nacional de surf partiu para o Mundial de Surf (ISA World Surfing Games), em Surf City, em El Salvador, com objetivo de garantir duas vagas (uma masculina e outra feminina) para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, conforme assumido por David Raimundo, selecionador nacional, mas saiu das ondas de La Bocana e El Sunzal com o mesmo estatuto com que entrou: uma única vaga olímpica garantida, antecipadamente, por Teresa Bonlavot, na sequência do ranking do Championship Tour (CT) circuito de elite da Liga Mundial de Surf.   

No penúltimo dia de competição, Frederico Morais e Francisca Veselko eram as últimas aspirações de Portugal no Mundial de Surf (os resistentes entre os seis selecionados), mas foram eliminados nas repescagens. Kikas ainda sobreviveu à primeira das baterias das novas oportunidades. Foi 2.º classificado, num heat em que os brasileiros Gabriel Medina e João Chianca desistiram antes de entrar em prova (os surfistas americanos lutam pelas vagas olímpicas nos Jogos Pan Americanos), no entanto viria a tombar na repescagem 9 perante o francês Kauili Vaast e o canadiano Cody Young.

Kika Veselko, campeã mundial júnior WSL, única portuguesa no evento principal, viria a ser ultrapassada na ronda 4 pelo trio Johanne Defay (França), Sophie McCulloch (Austrália) e Rachel Presti (Alemanha). Relegada para a repescagem, no heat 3 do grau 8 da salvação, terminaria em 4.º lugar.  

Servindo a competição para atribuir 8 vagas (duas por géneros) para Paris 2024 aos surfistas europeus, africanos, asiáticos e da Oceânia, os dois bilhetes com destino à capital francesa foram entregues ao país organizador, França. A Portugal resta-lhe a última oportunidade nos Mundiais ISA 2024.