Mundial: Pogacar manda recado fortíssimo ao rival Evenepoel
Esloveno quer conquistar a camisola de arco-íris no domingo e não teme belga que já ganhou uma nestes Campeonatos. Mas Pogacar avisa-o que a corrida de fundo não é um contrarrelógio
Tadej Pogacar é o principal favorito à vitória na corrida de fundo dos Mundiais de Zurique, na Suíça, no domingo. Na reta final de uma temporada já excecional, com duplo triunfo Giro-Tour, o esloveno pretende colocar a cereja no topo do bolo e conquistar a ambicionada camisola arco-íris.
Em conferência de imprensa esta quinta-feira, ao lado do compatriota e companheiro de seleção Primoz Roglic, recente vencedor da Vuelta, e do selecionador da Eslovénia Uros Murn, Pogacar fez a antevisão da competição.
«A camisola arco-íris é efetivamente muito especial. É a camisola mais original, a que toda a gente quer conquistar», começa por dizer Pogacar, em conversa com os jornalistas.
«A camisola arco-íris, de certa forma, identifica o melhor corredor do mundo e é um dos meus grandes objetivos de carreira. Se não conseguir vencer este ano, será certamente nos próximos anos», declara Pogacar, terceiro classificado nos Mundiais de fundo de 2024, em Glasgow, na Escócia.
«O percurso este ano agrada-me mais do que o do ano passado, mas o Mundial é uma prova à parte. Corremos com a nossa equipa durante o ano inteiro e agora, em apenas uma prova, numa seleção com os nossos compatriotas», refere o ciclista de 26 anos, completados no último dia 21.
Tadej Pogacar fez o reconhecimento do percurso, que começa nos arredores e termina em circuito no interior de Zurique, há algumas semanas. «É complicado com muitas subidas. As subidas não são muito longas, mas as descidas também são bastante curtas. Temos pouco tempo para recuperar. Penso que muitos cenários são possíveis. Há muitos pontos em que se pode atacar e tornar a corrida dura. A intensidade da competição e a acumulação de quilómetros e de desnível farão a diferença», analisou o esloveno.
«Temos uma seleção forte, uma das melhores, com três opções para a vitória», considerou o líder do ranking mundial da UCI. Todavia, a concorrência é igualmente muito forte, especialmente dos neerlandeses e belgas, liderados, respetivamente por candidatos como Mathieu van der Poel e Remco Evenepoel.
«Mathieu van der Poel? Está em boa forma, creio. Honrou esta camisola com algumas grandes vitórias esta temporada. Este percurso é difícil para ele, mas ouvi dizer que perdeu um quilo e meio… Por isso, preparou-se bem. Claro, não o descartaria. Num dia bom, ele será muito perigoso», afirmou ‘Pogi’.
E o que pensa o maior favorito de todos que estarão à partida no domingo para os 273 quilómetros com 4400 metros de desnível acumulado do campeão olímpico de fundo e de contrarrelógio, e do recém campeão do mundo desta disciplina que tentará recuperar o cetro na corrida em linha?
«Remco Evenepoel? Parece-me muito bem. Lidou bem com a pressão e as circunstâncias. Está claramente bem preparado e os contrarrelógios são a sua especialidade, mas domingo será uma corrida diferente», alerta Tadej Pogacar.