Milan voltou a ser o mais rápido à chegada a Cento
Fotografia Luca Zennaro/Lusa

Milan voltou a ser o mais rápido à chegada a Cento

CICLISMO17.05.202421:23

O esloveno Tadej Pogacar continua a liderar o Giro num dia em que Jonathan Milan voltou a brilhar na chegada ao 'sprint' na 13.ª etapa

Jonathan Milan afirma-se cada vez mais como uma das novas estrelas do ciclismo italiano, tendo hoje somado o terceiro triunfo no presente Giro, ao ganhar, ao sprint, a 13.ª etapa de 179 km que ligou Riccione a Cento em 4.02,03h e com o português Rui Oliveira (134.º da geral) a cortar a meta na 13.ª posição com o mesmo tempo que o vencedor.

Aos 23 anos, o corredor da Lidl-Trek, também capaz de se evidenciar nas clássicas, é uma das faces emergentes do ciclismo transalpino, que tem vivido uma crise de nomes nos últimos anos.

Milan, que esta temporada procura um segundo título olímpico em perseguição por equipas na competição de pista dos Jogos Paris-2024, revela-se assim alguém a levar em conta igualmente no ciclismo de estrada, sendo já temido pela concorrência, como o comprovam as palavras do sprinter australiano Kaden Groves, que, no arranque para a etapa desta sexta-feira, afirmava ser muito difícil batê-lo.

Algumas horas mais tarde, Milan deu razão a Groves, numa etapa apenas animada por uma fuga protagonizada por três corredores transalpinos, sem grande sucesso, tendo-se a estrela da Lidl-trek imposto sobre a meta ao polaco Stanislaw Aniolkowski (Cofidis) e ao alemão Phil Bauhaus (Bahrain), segundo e terceiro, respetivamente.

«Estou muito contente com a vitória e satisfeito com o trabalho da minha equipa para me recolocar no primeiro grande grupo antes da discussão final», declarou Milan.

Para sábado estão previstas começar as primeiras grandes complicações, com a disputa do segundo contrarrelógio da prova, um percurso relativamente plano de 31,2 km próximo do lago Garde e que vai ligar Castiglione delle Stiviere a Desenzano del Garda.

Apesar de ter vencido o primeiro crono, em Perugia, o líder Tadej Pogacar é menos favorito para este. «Tenho piores performances em traçados planos como este, mas vou tentar. No entanto, no dia seguinte é que vai ser verdadeiramente duro», salientou.

De facto, no domingo uma etapa de alta montanha aguarda os corredores, com 220 km.

«Uma etapa monstruosa. No papel, é certamente a mais dura que jamais enfrentei. Espero grandes diferenças na classificação», prognosticou Pogacar.

Com confortáveis 2.40 minutos de avanço para o colombiano Daniel Martínez, 2.º da geral, Pogi terá a oportunidade de arrumar praticamente com as dúvidas quanto ao vencedor neste fim de semana, mesmo antes das quatro etapas de montanha que compõem a terceira semana da prova.

Rui Oliveira (UAE Emirates), único ciclista luso em prova, ainda chegou a intrometer-se no sprint, cortando a meta no 13.º posto, com o mesmo tempo do vencedor, e segue em 129.º da geral, a mais de duas horas e meia do companheiro de equipa Tadej Pogacar.

No sábado, corre-se a 14.ª etapa, um contrarrelógio individual de 31,2 quilómetros entre Castiglione delle Stiviere e Desenzano del Garda.