Thomas Ceccon, que venceu o ouro nos 100m costas e o bronze nos 4x100m livres, denunciou as más condições dos quartos na Aldeia Olímpica
Foi o remador saudita Husein Alireza que se apercebeu da situação nas primeiras horas da manhã deste domingo e rapidamente a colocou nas redes sociais: o nadador italiano Thomas Ceccon, medalha de ouro nos 100 metros costas, foi 'apanhado' a dormir numa toalha estendida num jardim junto à Aldeia Olímpica, ele que muito criticou as más condições da estrutura, nomeadamente a falta de ar condicionado, prejudicando o descanso dos atletas.
«A comida é má e está muito, muito calor. Para os atletas, o descanso e a concentração são fundamentais, sobretudo quando estás numa competição destas, com pouco descanso entre provas. Na Aldeia Olímpica não temos ar condicionado e muitos atletas estão a procurar outros sítios para repousar por causa disto. Não quero que isto sirva de desculpa para nada, mas não podemos esconder. Tenho tido muitas dificuldades em dormir devido ao barulho e ao calor», disse após as estafetas mistas de 4x100 livres, onde a Itália ficou com o bronze.
Mas Ceccon não foi o único a criticar as más condições da Aldeia Olímpica. Já vários atletas de nomeada, como Carlos Alcaraz, o fizeram e também o nadador português Diogo Ribeiro não se mostrou agradado com a organização. Gregorio Paltrinieri, colega de seleção de Ceccon, juntou-se ao companheiro nas críticas.
Coco Gauff, número 2 do Mundo, denunciou a situação, revelando que é a única que permanece nas instalações. Restante equipa mudou-se para um hotel
«Antes das 3 da madrugada não consigo dormir por causa do calor. Isto não faz qualquer sentido. Já estive em quatro Jogos Olímpicos e esta é, sem dúvida, a pior organização de todas. Não podem tratar os atletas desta forma, nós somos os protagonistas e devemos ser protegidos», disse o transalpino.