João Almeida: «Nada de sentimentos mistos»
Português venceu o contrarrelógio final da Volta à Suíça, mas não conseguiu arrebatar a camisola amarela ao seu companheiro de equipa Adam Yates
João Almeida refutou que lhe tenha suscitado sentimentos mistos o factio de ter vencido o contrarrelógio final e não ter conseguido chegar à liderança da classificação geral da Volta à Suíça.
«Nem por isso», esclareceu o português após a prova contra o tempo, em que foi oito segundos mais rápido do que o seu companheiro de equipa Adam Yates. Ganho insuficiente para anular a desvantagem de 31 segundos com que arrancou para a prova individual entre Aigle e Villars-sur-Ollon, num percurso de 15,7 quilómetros com uma subida de 10 quilómetros a culminar na meta, completando-a em 22 segundos menos do que o britânico.
«Estou muito feliz pela vitória neste contrarrelógio e na etapa, a segunda que venço nesta Volta à Suíça. Creio que é a minha primeira vitória [em contrarrelógios], à exceção dos Nacionais, por isso, sim, é muito bom», declarou o ciclista da UAE Emirates, que referiu a dificuldade que enfrentava para conquistar a camisola amarela ao seu companheiro de equipa.
«Era quase impossível ganhar à camisola ao Adam, ele é muito forte... e ainda por cima, porque o percurso não era plano. Mas estou superfeliz por terminar em segundo, atrás dele».
Questionado, ainda, sobre se sem o esforço despendido em benefício de Adam Yates nas primeiras etapas de montanha poderia tê-lo vencido, João Almeida considera «impossível de determinar», preferindo enaltecer «o trabalho e a conquista da equipa».
Simon Yates sucede no historial de vencedores da Volta à Suíça ao dinamarquês Mattias Skjelmose (Lidl-Trek), terceiro classificado no contrarrelógio, a 21 segundos de João Almeida, e na geral final, a 3.02 minutos do britânico vencedor.
Nelson Oliveira (Movistar) terminou a prova helvética no 51.º posto, a 41.37 minutos de Yates, e Rui Costa, três vezes ganhador da corrida (entre 2012 e 2014), foi 38.º a 30.54 do detentor da camisola amarela.