Mais Desporto Insólito: Alpinista espanhola viveu 500 dias isolada numa gruta
Sozinha, a 70 metros debaixo de terra, sem luz ou contacto com o exterior. Foi assim que Beatriz Flamini viveu os últimos 500 dias, dentro de uma gruta em Granada, na costa espanhola, para bater o recorde mundial. «Não é algo que faço por imposição, mas sim por escolha. Causa-me muita curiosidade, muita força e muita alegria» declarou num vídeo, agora divulgado, que fará parte de uma série documental.
A alpinista, de 50 anos, deixou uma mensagem misteriosa nas suas redes sociais em novembro de 2021, antes de começar o desafio: «Lemo-nos de novo em abril/maio de 2023». O sucesso deste projeto, batizado como «Timecave», dependia do sigilo e isolação total, relatou a equipa de apoio ao jornal «Marca».
Antes deste projeto, foram realizadas outras experiências de isolamento subterrâneo, mas Flamini foi além, prescindindo de qualquer contacto com o exterior ou referências temporais. Isto significa que não tem ideia de acontecimentos como a guerra na Ucrânia ou o aumento abrupto da inflação. «Não é que passe rápido ou lento: o tempo não passa… São sempre quatro da manhã», relata a escaladora, num vídeo gravado dentro da gruta.
A desportista conta com uma equipa de vários elementos, para garantir a sua segurança e subsistência. As grutas são lugares bastante seguros, mas muito hostis para o cérebro e corpo humano, pelo que Beatriz será submetida a uma infinidade de testes e avaliações médicas assim que terminar o desafio. As repercussões cognitivas são certas, segundo os especialistas e serão estudadas de perto por uma equipa de médicos e terapeutas.
A aventureira vai sair da gruta na próxima sexta-feira, 14 de abril.