Ginástica: Salto mais difícil de sempre aguardado em Antuérpia

Ginástica: Salto mais difícil de sempre aguardado em Antuérpia

MAIS DESPORTO29.09.202300:17

Simone Biles está de regresso ao Mundial de ginástica artística à procura do visto para os Jogos de Paris-2024, sonho que também levam Filipa Martins, Mafalda Costa e José Nogueira

As ginastas norte-americanas Simone Biles e Shilese Jones solicitaram à Federação Internacional de Ginástica (FIG) o reconhecimento de dois saltos que executarão nos Mundiais de ginástica artística, com início este sábado em Antuérpia, e os quais pretendem ver integrados com os seus nomes no código de pontuação.

Para um novo elemento ser incluído no referido código, a ginasta tem primeiro de o submeter à avaliação do comité técnico feminino da FIG e depois executá-lo sem falhas numa competição internacional de prestígio, no caso o 52.º Campeonato do Mundo na Bélgica, em que Portugal também se fará representar, pelos ginastas Filipa Martins, Mafalda Costa, Mariana Parente, José Nogueira e Guilherme Campos. 

Filipa, que já esteve nos Jogos do Rio-2016 e Tóquio-2020, procura garantir a terceira presença olímpica, enquanto Mafalda e Nogueira – apenas os três competem no all-around (todos os aparelhos) – a primeira.  

No caso de Biles, que na Bélgica somará a sétima presença em Mundiais, um recorde na ginástica dos Estados Unidos, está em causa o reconhecimento de um salto duplo Yurchenko, a incluir duplo mortal encarpado e já executado por ela em 2021 e 2023. 

Caso consiga concluí-lo sem falhas em Antuérpia, será avaliado com uma pontuação de 6,4 pts, o que o tornará no salto mais difícil de executar. Integrando complexo salto, o movimento, que deve o nome à ginasta soviética que primeiro o executou, Natalia Yurchenko, atualmente com 58 anos, será batizado de Biles II devido ao facto de a norte-americana de 26 anos, detentora de 25 medalhas em mundiais (19 de ouro) ter, desde 2018, um outro salto reconhecido pela FIG com o seu nome, o Biles I.

Já Shilese Jones, de 21 anos, que com Biles integra a seleção norte-americana também candidata a inédito sétimo título mundial consecutivo na ginástica feminina, o novo movimento, executado em exercício no solo e com a particularidade de também ter sido apresentado pela ginasta japonesa Hatakeda Chiak, foi classificado pela comissão técnica como ‘E’ na escala de A a J que define a dificuldade dos elementos em paralelas assimétricas, trave e exercícios de solo, o que significa que a ginasta que o concretizar ganhará 0,5 pts.