Ciclismo Depois da Paris - Roubaix correu meia maratona
Cameron Wurf, com 39 anos, que desde 2020 corre pela Ineos-Grenadiers, é dos ciclistas mais velhos do pelotão do World Tour, na qual se tem destacado por ser um gregário de confiança dentro da equipa britânica.
Desde 2007, quando se iniciou como profissional na Priority Health Cycling, que o australiano nascido em Sandy Bay, não conseguiu mais que o segundo lugar em algumas corridas sem grande expressão, em virtude da sua função estar direcionado ao serviço do coletivo.
Na presente temporada correu a Cadel Evans Great Ocean Road Race, na qual desistiu devido a uma queda, Volta aos Emirados Árabes Unidos, Settimana Coppi e Bartali e Paris - Roubaix, na qual terminou a 128.ª posição a 22,44 minutos do vencedor Mathieu Van Der Poel.
A história ficaria por aqui se Cameron Wurf, depois de ter percorrido 256,6 km em bicicleta durante quase seis horas (5.51,29 h), na que é considerada uma das mais duras e desgastantes clássicas do calendário internacional, não tivesse percorrido de seguida 21,2 km a pé, praticamente o equivalente a uma meia maratona.
O ciclista, que tem contrato com a Ineos-Grenadiers até final da temporada, corre no dia 12 La Fléche Brabançonne na Bélgica com 205,1 km, para ajudar Ethan Hayter e Joshua Tarling a lutarem pelos primeiros lugares, prova na qual também estará o português André Carvalho (Cofidis). Cameron Wurf, divide o seu tempo entre o ciclismo profissional e o triatlo, depois de ter participado nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004 na equipa de remo da Austrália.
Durante alguns anos fez uma pausa na sua careira de ciclista e dedicou-se exclusivamente ao Ironman, vencendo provas na Dinamarca, País de Gales, Austrália e Itália, em 2019 foi 5.º classificado na Taça do Mundo de natação em Kona. Já este ano em fevereiro no decorrer da Volta aos Emirados Árabes Unidos, nadou durante uma hora antes de começar uma etapa.
A principio da noite de domingo escreveu no Instagram: «Depois deste esforço fiquei com fome, valeu comer umas hambúrgueres com batatas fritas e molhos a acompanhar», compartilhando o relatório do seu perfil no Strava; 21,2 km de corrida percorridos em 1 hora e 26 minutos.
A experiência no ciclismo foi adquirida com as passagens pela Servetto (2009), Liquigas (2011) e Cannondale (2013 e 2014), no Ironman que continua a praticar com regularidade, foi durante muito tempo o recordista mundial na seção de ciclismo no Campeonato do Mundo da disciplina.