Zalazar surpreendido com nível da Liga Portuguesa
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SC BRAGA Zalazar surpreendido com nível da Liga Portuguesa

NACIONAL19.11.202320:30

Em entrevista ao PodNext, o médio contratado este verão falou da sua adaptação ao SC Braga - Também comparou a Bundesliga com o Campeonato Nacional - Ainda abordou as suas raízes

Rodrigo Zalazar foi contratado este verão ao Schalke 04, da Alemanha, por 5 milhões de euros, e apesar de ter demorado um pouco a adaptar-se da melhor maneira ao futebol português e ao SC Braga, tem sido escolha assídua no onze de Artur Jorge nas últimas partidas.

Para o jogador uruguaio, o treinador tem escolhas difíceis para fazer, mas confessou que tem aprendido bastante.

«Deu-me confiança desde o primeiro dia e estou a aprender muito, porque é uma ideia de jogo diferente da que tinha. Mas, estou feliz e agradecido pelas oportunidades que me tem dado», afirmou ao PodNext e revelou o temperamento do técnico: «No balneário é complicado. Ao intervalo sentes que não fizeste uma boa primeira parte e quando o vês já sabes que vem aí sermão. Mas, para mim, isso é uma característica boa.»

O médio, de 24 anos, explicou como a Liga portuguesa foi uma surpresa. «Em Portugal as equipas são muito fisícas, apertam bastante e cortam jogadas com todos os recursos. Surpreendeu-me, porque pensei que ia ser mais fácil, mas não, é bem complicado. Todas as equipas podem perder contra todas e isso é sinal de competitividade», destacou.

Vindo da Bundesliga, Zalazar ainda mencionou algumas diferenças: «Na Alemanha é um jogo mais intenso. Aqui em Portugal e ao jogar no SC Braga que é uma equipa que gosta de ter a bola o mais possível, é diferente. Na Alemanha é mais ir e voltar, como médio.»

Rodrigo Zalazar vem de uma família com passado no futebol, já que o seu pai também foi jogador e internacional pelo Uruguai, mas também os seus irmãos são futebolistas. O médio abordou um pouco as suas origens e como o pai teve influência na sua carreira, desde muito novo.

«Em casa, tínhamos bolas muito más, de baixa qualidade e tínhamos de rematar descalços. O nosso pai ensinava-nos e cada vez que chutava, ele olhava para os meus pés e se tivessem vermelhos é porque tinha pegado mal na bola. Com o aprimorar da técnica já rematava forte e não me doía. Ele sempre nos ensinou coisas assim», contou.