13 outubro 2023, 11:51
Pinto da Costa sobre eventual candidatura de Villas-Boas: «Não me incomoda»
«Cada um é livre de o fazer», diz o líder dos dragões relativamente às próximas eleições
«Acho que o presidente não precisa de achincalhar adversários tão alto está o seu pedestal», refere o ex-treinador dos dragões
André Villas-Boas voltou a abordar, em entrevista ao jornal «Expresso», a possibilidade de avançar para eleições, mas não esclareceu se o fará nas próximas ou nas seguintes, embora esteja a preparar-se para poder cumprir essa ambição. «É um cargo que exige máximas responsabilidades. Exige também uma equipa profissional e de créditos formados por trás. São essas questões que ditam a apresentação de uma candidatura às próximas ou às seguintes eleições», disse.
«O meu objetivo aqui é cumprir-me e especializar-me nas tarefas que não domino. Tenho muita sede de procurar o que são as melhores práticas de mercado, onde é que estão os melhores cursos de gestão executiva e por causa disso tomei a liberdade de continuar a educar-me preparando-me para outras funções. Há muita transversalidade entre as coisas, entre as lideranças desportivas e as lideranças empresariais. Daí que, no aspeto da liderança em si, há coisas novas que eu descobri que me dão uma visão um bocadinho mais macro dos fenómenos», refere ainda.
13 outubro 2023, 11:51
«Cada um é livre de o fazer», diz o líder dos dragões relativamente às próximas eleições
Revelando ter «o máximo respeito pelo presidente Jorge Nuno Pinto da Costa», André Villas-Boas deseja «estar pronto para o substituir à altura, caso assim desejem os sócios», e sente-se «lisonjeado, orgulhoso e honrado» pelo apoio demonstrado por adeptos e sócios portistas: «Que as pessoas vejam em mim competências profissionais e emocionais para liderar algo desta dimensão é para mim já um fator muito gratificante». O homem que ganhou tudo ao serviço do FC Porto destacou o facto de «o clube ser campeão nacional, tendo em conta a mudança dos quadros competitivos europeus, a injeção de capital que os novos quadros competitivos trazem e, no fundo, a sustentabilidade financeira do FC Porto para os próximos anos».
André Villas-Boas abordou ainda na entrevista algumas críticas do atual presidente do clube que, direta ou indiretamente, o visavam. «Pelos momentos que vivemos juntos vejo com alguma surpresa determinados ataques de personalidade que acho que são injustificáveis e penso que não serão o reflexo do que ele realmente sente por mim. Registo-os, mas isso não muda em nada a opinião que tenho sobre o presidente Pinto da Costa», frisou, completando de seguida: «Acho que o presidente não precisa de achincalhar adversários tão alto está o seu pedestal e tudo o que ele atingiu no futebol no FC Porto e nem penso que se dedique a ataques pessoais pensando ou projetando algo deste género. Se poderá pela primeira vez encontrar nas próximas eleições um rival do ponto de vista mediático, desportivo, de competências técnicas ligadas ao desporto que são parecidas com as suas? Potencialmente».
Clarificando que uma eventual candidatura de Pinto da Costa à reeleição não o impedirá de se apresentar a votos, Villas-Boas defende que «o F. C. Porto precisa ser uma força avassaladora em todos os sentidos» e que «o próximo presidente tem que ser escolhido de forma unânime». «Esta é a leitura que eu sempre tive do F. C. Porto. Nós somos mais fortes quando estamos unidos, somos mais fortes quando temos um objetivo bem definido e claro, somos mais fortes quando temos um inimigo específico para abater. Encontramos muitas forças nas agressões dos nossos rivais, digamos assim, e penso que é isso que torna no fundo o F. C. Porto num clube diferente dos outros, onde persiste uma mística, certos valores, certa cultura que é imutável no tempo», frisou.