Vasco Seabra espera Gil «muito difícil» e avisa: «Temos de desafiar-nos a nós próprios»

Treinador do Estoril espera dificuldades frente ao conjunto de Barcelos, ao qual reconhece qualidade; considera que apenas uma equipa fiel aos seus princípios poderá sair vencedora na partida deste domingo

Face ao desaire imposto no fim de semana anterior pelo Boavista (derrota por 2-1, no Bessa), o Estoril viu interrompido o momento positivo que já perdurava desde a participação na final four da Taça da Liga. A partir daí, registou empates perante o Benfica, na meia-final (1-1 em tempo regulamentar e vitória por 5-4 desempate por grandes penalidades) e ante o SC Braga, na final da competição (1-1 ao fim de 90 minutos e derrota por 5-4 nos penáltis de desempate) que catapultaram a equipa para duas jornadas sem perder na Liga.

No regresso ao campeonato, os canarinhos empataram com o Rio Ave (1-1) e derrotaram o Estrela da Amadora (1-0), não conseguindo manter o registo positivo na visita ao Bessa. Agora, na receção ao Gil Vicente, o técnico estorilista reconheceu valor ao adversário que terá pela frente nesta mesma jornada, mas estimou que apenas um Estoril a olhar para si próprio e concentrado nas suas virtudes poderá sair vencedor na partida marcada para este domingo.

«Vamos ter pela frente um adversário muito difícil, que vai exigir de nós que estejamos ao máximo, mas independentemente do adversário que vamos ter, temos de desafiar-nos a nós mesmos para sermos capazes de competir connosco mesmos e sermos capazes de dar a resposta que queremos», afirmou, esperando apresentar melhorias, especialmente nos aspetos em que o conjunto se tem apresentado mais permeável, como a bola parada defensiva.

Nesse momento em concreto, o treinador garante que a equipa terá registado uma evolução positiva nas últimas semanas face à «atitude e «o trabalho» dos seus pupilos. «Temos de antecipar, sermos muito mais proativos e sermos muito mais capazes de sermos nós a atacar e não ficar à espera. O nosso desafio tem sido esse e também o nosso trabalho e atitude no treino perante os jogadores, e o que eles têm dado para evitar que isso aconteça.  Temos tentado que isso deixe de acontecer», assinalou.

«Estamos mais capazes e o número de bolas que ganhamos na bola parada tem vindo a aumentar», completou, contando para tal com o contributo das suas figuras proeminentes como Bernardo Vital, que contabilizou todos os minutos nos sete encontros que o Estoril realizou no espaço do último mês, rendimento que Vasco Seabra atribui à performance do seu camisola 3, explicando em seguida que todos os seus jogadores «fazem por conquistar» oportunidades, como Vital tem vindo a fazer com êxito.

«Em primeiro lugar, depende do Vital e de quem concorre com o Vital (ndr: a sua continuidade na equipa). Eu não dou prémios aos jogadores, dou conquistas. Por isso, eles fazem por conquistar e o Vital tem estado numa sequência muito positiva e trabalha todos os dias para merecer que o treinador o ponha a jogar”, elogiou, antes de manter o mistério sobre se ao lado do central português já poderá surgir João Basso, reforço de janeiro que se estreou oficialmente no encontro anterior, frente ao Boavista, ao ser lançado após o intervalo.

Nesse particular, Basso foi colocado no mesmo patamar que todos os restantes disponíveis para jogo – o Estoril não contará com Mateus Fernandes, castigado por atingido o limite de cinco amarelos, Jordan Holsgrove, Pedro Álvaro e Cassiano, com lesões ainda impeditivas de dar o seu contributo, e ainda Erick Cabaco, a recuperar de grave lesão no joelho esquerdo. «Todos os jogadores que temos disponíveis para o jogo de amanhã estão preparados para jogar», limitou-se a atestar o técnico dos canarinhos.

«Os 20, 21 jogadores que vão ser convocados, todos eles têm capacidade para jogar e durar 90 minutos», acrescentou, não garantindo a titularidade do central brasileiro nem de qualquer outro atleta para o embate com os minhotos.