Tudo o que Sérgio Conceição disse na antevisão ao Leixões
A conferência serviria para projetar o encontro para Taça da Liga, mas a urgência de outros temas prevaleceu
FC Porto eliminado da Taça da Liga e rotação de jogadores no plantel:
«Não se trata de cumprir calendário, até pela adesão dos adeptos do FC Porto. Se não for casa cheia, estará perto disso, num jogo em que, infelizmente, estamos fora da competição. Vou dar minutos a quem faz pela vida, por isso não é um jogo de demonstração. Encaramos com a máxima seriedade e temos de entrar em campo com o espírito de ganhar. É isso que queremos e vamos fazer.»
O castigo de David Carmo:
«Em relação ao atleta, é sabido, infelizmente a comunicação social sabe de forma rápida. As notícias saem cá para fora. É um facto que a nível disciplinar houve um mau comportamento. A nível desportivo é um atleta que está atrás dos outros, a nível emocional e técnico-táctico também. E poderá estar também atrás na equipa B. Depende do empenho. Vai ter mais possibilidades de competir na equipa B. Depende daquilo definido pelo Folha. A nível desportivo está abaixo do que queremos. Tem de mostrar mais se quer ser opção.»
«Foi algo que se passou no seio do grupo. Obviamente não vou falar em público sobre isso. O que é que os jogadores querem? Jogar. O melhor espaço é jogar na equipa B. A nível desportivo, ele está abaixo. Se eu perder mais uns jogos, mandam-me... Vivemos de resultados, aquilo que o David tem feito é abaixo do que eu quero. Estou aqui para defender o FC Porto.»
«O Pepe tem uma clara importância na equipa, dentro e fora de campo. O castigo está relacionado com o que foi descrito no relatório do jogo. Quanto a isso não há nada a fazer. Cabe-me a mim encontrar soluções. Não tenho de concordar ou discordar [com o relatório]. O árbitro descreveu aquilo que, pelos vistos, não viu no momento, mas sim do que viu no VAR. Depois há formas de pintar o que se vê. Eu posso pintar de uma forma, o Rui [jornalista] escrever de outra. Não tenho de concordar. É o que está escrito. Ponto.»
Proximidade do mercado de inverno:
«O mercado fica à porta do Olival. Não falo disso. É o momento de falar do Leixões e ninguém fala nisso. São temas alimentados na comunicação social e tem de o fazer porque são notícias, mas estou a fazer a antevisão do jogo com o Leixões. Já falei o suficiente.»
Ainda sobre o jogo em Alvalade:
«Esse jogo já foi dissecado ao máximo, foi visto e revisto, perante os jogadores. Aquilo que eu disse, posso voltar a afirmar: Não tenho dois anos disto, o nosso presidente nisso é imbatível. Falei da forma como chegávamos ao último terço do Sporting. Foi dos jogos que achei mais fáceis. Sou eu a achar isso. É a minha opinião. Mas faltou-nos criatividade e também segurar a bola quando tínhamos de o fazer. Não podíamos perder as bolas que perdemos. Sem bola, não fomos a equipa que costumamos ser. Íamos com ideias limpas e sem dúvidas, mas pareceu-me que a equipa, por vezes, teve dúvidas. Aos 10 minutos, sofremos o golo e não foi por acaso. Acabamos por não ser tão pressionantes. Houve muita coisa que não correu bem, mas a forma como chegámos ao último terço, isso sim, foi fácil.»
Diferença ofensiva da equipa entre a Liga e a Liga dos Campeões:
«Quase em todos os anos tivemos o melhor ataque, às vezes até a melhor defesa. Deixei de perceber o que temos de fazer, pelos vistos. O que querem que diga? Não sei o que se passou. Incluímos finalização em praticamente todos os exercícios. Promovemos a finalização, tal como no onze para onze. Na Liga dos Campeões temos o quinto melhor ataque e no campeonato não está assim tão bem. Já treinámos sem balizas para lhes criarmos fome de golo, mas em alguns casos não há nada a fazer.»
O encontro da fase de grupos da Taça da Liga, entre FC Porto e Leixões, já sem hipóteses de qualificação para ambas equipas, está agendado para as 20h30 deste sábado, no Estádio do Dragão.