Tudo o que disse Sérgio Conceição após a passagem à final da Taça
FC Porto venceu o Vitória de Guimarães por 3-1 (4-1 na eliminatória) e vai defrontar o Sporting no Jamor
Chega mais uma vez à final da taça de Portugal, numa altura em que o FC Porto já não pode ser campeão. Esta conquista dá-lhe ânimo? Como leu o jogo?
— Nenhuma estatística dá ânimo. O que dá ânimo é a forma como trabalhamos no Olival. Para festejar, é quando ganharmos a Taça, se a ganharmos, se formos competentes. Sobre o jogo, o Vitória de Guimarães a primeira vez que vai à baliza, faz golo. Fizemos um jogo consciente do que tínhamos que fazer para provocar o adversário. Estivemos muito bem nos diferentes momentos do jogo. Fizemos três golos, mas podíamos ter feito mais. Um jogo muito competente, até a nível emocional.
— Como viu a entrada de Romário Baró e que influência teve no jogo?
— Vocês não veem o nosso dia-a-dia. O Romário Baró foi hoje aquilo que é como jogador. A definição de passe para o Pepê, e noutras ações positivas que teve no jogo. Sempre que estive aqui, quis começar a época com o Romário, porque acredito naquilo que é o seu potencial.
— Galeno chorou no banco ao ser substituído, depois de ter falhado alguns lances. Falou com ele?
— Galeno tem feito uma época muito boa, fez uma Liga dos Campeões fantástica. Dá todos os dias o que queremos em ambição e determinação. Há dias em que está mais inspirado em termos ofensivos. É um jogador profissional acima da média, com uma qualidade enorme. As oportunidades falhadas hoje não foram por ele, foram pelo grupo.
— Pinto da Costa celebrou recentemente 42 anos de presidência, que comentário lhe merece?
— São 42 anos de muito sucesso, de muita hora a festejar, é o presidente mais titulado. Tem um senão, que é essa exigência que ele mete de conquistar sempre mais. Conquistei aqui 15 títulos enquanto treinador e jogador, e basta uma derrota para as pessoas esquecerem isso. Assim como eu esqueço. Passado é passado. O que importa agora é o jogo com o Casa Pia e o presidente também pensa dessa forma. É nesse jogo que estamos a pensar agora.
— Como tem visto a evolução de Francisco Conceição e Pepê?
— Além de desequilibradores no um a para um, rápidos na condução, virtuosos, quando definem e concluem bem, os médios e avançados passam a ser de top mundial. E eles têm qualidade para isso.