Liga Europa Três equipas na Champions: o Renascimento do futebol italiano 

Tal como entre os séculos XIV e XVI, quando o Renascimento se tornou importante (e decisivo) movimento social, científico e cultural a partir, sobretudo, das cidades italianas de Siena e Florença, também agora o país de Leonardo Da Vinci ou Michelangelo exulta pelo renascimento do futebol italiano na Liga dos Campeões.

Pode dizer-se que, surpreendentemente, Itália volta 17 anos depois a colocar três equipas nos quartos de final da Champions e, tal como em 2005/06, tendo de novo o Benfica como possível adversário. Desde 2000 é apenas a quarta vez que tal acontece (Itália repete, pois, as três equipas que conseguiu em 2002/03, 2004/05 e 2005/06).

Nesta espécie de ressurreição do futebol italiano, que nas duas últimas épocas não teve qualquer equipa nos quartos de final, há ainda a destacar a inédita presença do Nápoles, que em 96 anos de história nunca tinha chegado tão longe na maior competição de futebol de clubes. Já o Milan, neste século, soma a 7.ª presença na fase e o Inter a 6.ª. Mas há mais de dez anos que aqui não chegavam!

Nos 23 anos de Liga dos Campeões no século XXI, apenas mais três equipas italianas foram outsiders: a Lazio, uma vez nos quartos de final, em 2000; a Roma, quarta finalista, em 2006/07, 2007/08 e 2017/18, e a Atalanta, que se estreou nos quartos de final em 2019/20.

De resto, e sempre que o futebol italiano chegou aos quartos de final, os protagonistas foram sempre Juventus (8 presenças este século), Milan (7) ou Inter (6). Surpreendentemente, ou talvez não, em sete épocas, Itália não viu qualquer emblema nos quartos de final, nomeadamente, repete-se e sublinha-se, nas duas últimas temporadas.

Este regresso, em força, do futebol italiano (único com três representantes nestes quartos de final que esta manhã serão submetidos a sorteio) pode, porém, não significar, aos olhos dos adeptos, substancial valor das equipas da Série A. Das três, talvez só o Nápoles possa, esta época, ser visto ao nível das melhores equipas do resto da Europa.
 

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