Duelo de duas faces só podia terminar assim (crónica)
Gil Vicente e Rio Ave empataram a uma bola (ESTELA SILVA/LUSA)

Gil Vicente-Rio Ave, 1-1 Duelo de duas faces só podia terminar assim (crónica)

NACIONAL06.01.202522:33

Gilistas estiveram por cima no primeiro tempo, mas permitiram reação tremenda dos vila-condenses no segundo. Pressão final não surtiu efeitos e jogo teve o desfecho mais natural

Naquele que seria o duelo de fecho da primeira volta do campeonato, não fosse o (já habitual) nevoeiro fazer das suas na Choupana, Gil Vicente e Rio Ave empataram a uma bola em Barcelos, mantendo assim a distância de um ponto, a favor do emblema de Vila do Conde, na tabela classificativa.

O jogo não começou de feição para a turma de Bruno Pinheiro, com uma entrada mais acutilante dos homens de Vila do Conde. Clayton foi um perigo à solta e demonstrou muita vontade em replicar as boas exibições nas últimas semanas.

Aos poucos, no entanto, os gilistas foram tomando conta do jogo, ainda que as oportunidades escasseassem. A superioridade encarnada foi confirmada a sete minutos dos 45’. Após um passe a rasgar de Fujimoto, Aguirre encontrou Félix Correia no coração da área, que só teve de encostar para o fundo da baliza.

Um Rio Ave pálido no primeiro tempo veio revigorado para o segundo, não apenas pela mudança de Petit, que lançou Tiago Morais para o lugar de Martim Neto - operação que mudou as dinâmicas ofensivas da equipa -, mas também porque imprimiu outra intensidade no jogo e mostrou maior fome de golo.

Uma entrada imponente dos vila-condenses na etapa complementar surpreendeu os gilistas, que não conseguiram suster o ímpeto ofensivo da caravela nem aguentar a vantagem por muito tempo. Depois de algumas ameaças que puseram Andrew em sentido, o golo forasteiro chegou pelos pés de Brandon Aguilera. A jogar em terrenos mais interiores na segunda parte, face à saída de Martim Neto, o costa-riquenho apareceu à entrada da área com um remate muito colocado, de pé esquerdo, não dando qualquer hipótese ao guardião gilista.

Restabelecida a igualdade, o jogo voltou a ser pautado pelo equilíbrio, mas a reação gilista nos minutos finais deixou a sensação de que o empate pode ter sabido a pouco pata a formação caseira. Os rio-avistas não tiveram pilhas para manter a toada de pressão que mostraram no arranque do segundo tempo, mas ainda assim estiveram sempre ligados ao jogo e à procura do golo da vitória.

Duelo equilibrado e bem disputado no Minho, com um resultado que se adequa ao que se passou em campo e às duas faces demonstradas pelos dois conjuntos.

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