Rui Santos recorda subida do Estrela à Liga 2, três anos depois
Rui Santos numa flash interview pós-jogo quando ainda orientava o Estrela da Amadora na época que consumou o regresso aos escalões profissionais para os tricolores. Foto: D.R.

Rui Santos recorda subida do Estrela à Liga 2, três anos depois

NACIONAL07.06.202416:29

Tricolores cumpriram recentemente três anos após a subida à Liga 2 e consequente regresso aos campeonatos nacionais; técnico responsável pelo feito lembrou ser ainda hoje «convidado para ir para a tribuna» e saudado pelos adeptos

É com alegria e moralização que o Estrela da Amadora tem abordado os últimos dias: esta quinta-feira, apresentou Filipe Martins, um treinador com origem na Amadora e duas passagens pelo clube enquanto jogador, para o seu comando técnico, e ainda celebrou, na passada semana, três anos sobre o seu regresso aos campeonatos nacionais e logo na época de refundação, cumprida no Campeonato de Portugal.

Os tricolores precisaram de apenas uma época – 2020/21 - para regressar aos patamares profissionais e ao comando tinha, na altura, Rui Santos que, três anos passados, ainda recorda o feito com alegria a A BOLA. «Houve aquela refundição com o Sintra Football e foi nesse sentido que fui convidado a fazer parte, como treinador, do renascimento do Estrela. Obviamente que foi um projeto muito aliciante para mim», reconheceu.

«Hoje em dia, ainda sou convidado para ir para a tribuna do Estrela, para ver os jogos e há muitas pessoas que, efetivamente, e não só as pessoas da estrutura do Estrela, reconhecem esse trabalho que foi feito», constatou, com um sorriso. «É muito gratificante para mim, quando estaciono o carro e me dirijo para o Estádio José Gomes, ver dezenas de adeptos a dirigir-se a mim, a saudar-me e felicitar-me», completa Rui Santos.

O treinador de 59 anos reconhece que só agora, três épocas passadas e com o emblema da Reboleira solidificado na Liga principal, compreende a dimensão e o grau de dificuldade da tarefa que executou, juntamente com o plantel que na altura liderava, em função da poderosa concorrência com que na altura se deparava. «Com o tempo, começa a cair-nos melhor a ficha, como se costuma dizer, e termos uma melhor noção do que realmente fizemos», declarou.

«Lembro-me que, na altura, o UD Leiria já andava há três ou quatro anos a investir muito forte para subir à Liga 2, o Torreense a fazer o mesmo há dois ou três anos, o Vitória de Setúbal tinha acabado de cair da primeira Liga, com jogadores a ganharem ordenados fantásticos…e nós éramos o Estrelinha», recordou, orgulhoso, Rui Santos, que olha para o Estrela e sente que o testemunho está bem entregue com a recente chegada de Filipe Martins.

«É alguém que ainda hoje vive na Amadora, aquele clube é uma grande referência para ele, começou por ser jogador lá e depois andou por outros clubes, começou a ser treinador noutros clubes e agora voltou. Tenho a convicção de que vai fazer um grande trabalho e por isso vejo com otimismo o futuro do Estrela, que a nível desportivo quer administrativo», considerou, confiante quanto ao presente e futuro do clube, e que continuará a acompanhar à (curta) distância…do Barreiro.

Depois do Estrela, Rui Santos tem como missão reerguer outro histórico como o Barreirense, novamente a partir do Campeonato de Portugal. «Como costumo dizer, é um clube vivo, com alma, e é algo que me satisfaz. Sabemos que há um caminho para percorrer, se calhar não vamos fazer o que fizemos no primeiro ano do Estrela até porque o objetivo não é esse, mas estou convicto de que o Barreirense, o clube mais representativo do Barreiro, num futuro próximo criará condições para ir para os campeonatos profissionais», preconizou, por fim.

Rui Santos posa para a fotografia nos primeiros instantes como novo treinador do Barreirense. Foto: FC Barreirense.