Esquerdino encontra-se em final de contrato e teve utilização escassa a partir de janeiro; tricolores mantêm ainda quatro laterais canhotos sob contrato, o que parece confirmar a saída de um dos capitães
Como sucede nas semanas antecedentes ao final da temporada desportiva no que às ligações contratuais diz respeito – 30 de junho – o Estrela da Amadora prepara-se para realizar algumas saídas para contrapor a quem, certamente, irá entrar: Daniel Cabral ainda não foi oficializado, mas é reforço certo tal como Botché Candé, contratado para os sub-23 mas que terá a oportunidade de realizar a pré-época na equipa principal.
Entre os atletas que vão deixar a Reboleira, encontram-se alguns dos atuais capitães de equipa e um deles, muito provavelmente, será João Reis, que dificilmente renovará e o facto de ainda não ter sido convidado a fazê-lo a pouco mais de três semanas do final do seu vinculo indica isso mesmo. Um final de relação que será pacífico entre duas partes que viveram uma história feliz.
O esquerdino cumpriu com a camisola do Estrela o seu objetivo de regressar à primeira Liga, na qual já havia alinhado ao serviço do Tondela, depois de ter sido peça-chave na época que resultou no regresso dos tricolores ao escalão principal. O atleta de 31 anos revelou-se uma referência no balneário, reconhecida com a sua presença no lote alargado de capitães eleito por Sérgio Vieira, mas foi perdendo espaço na equipa.
Esquerdino debelou uma lesão muscular que o afastou de competição por quase dois meses; enfrenta agora uma elevada concorrência por um lugar que apresenta cinco opções em luta direta
A transição para a segunda metade da época penalizou o lateral esquerdo, que arrancou a época como titular e foi primeira escolha até janeiro, mas depois viu chegar concorrência como Rúben Lima e Nilton Varela, que ganharam preponderância nas escolhas da equipa técnica e reduziram drasticamente a sua utilização. A partir do encerramento do mercado, João Reis foi utilizado apenas por duas ocasiões, quando antes havia somado 19 jogos.
Nos últimos três meses e meio de temporada, o ala esquerdo apenas defrontou Portimonense e Gil Vicente (este último na última jornada da prova), em ambos os casos como suplente utilizado e num total de 106 minutos. Escasso para quem, nas temporadas anteriores na Liga 2, igualava ou ultrapassava os 30 jogos por época – Chaves (30 jogos em 20/21), Varzim (33 jogos em 21/22) e Estrela da Amadora (37 jogos em 22/23).
Assim, o caminho natural de João Reis passará pela saída em final de contrato, especialmente porque o Estrela mantém quatro jogadores capazes de cumprir a posição de lateral ou ala esquerdo sob contrato. Rúben Lima, Mansur, Nilton Varela e Nkanyiso Shinga ainda têm um ano de ligação por cumprir na Reboleira, o que parece tornar ainda mais improvável a perspetiva de os responsáveis estrelistas em prolongar o vínculo de Reis.