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Central agarrou o lugar no eixo da defesa. Já mostrou dotes de goleador e de líder. Luís Martins, que orientou o defesa no Sporting, garante a A BOLA que o jogador cedido pela Juventus pode ser «muito útil» ao FC Porto
Dois jogos, dois golos. Não, não estamos a falar de um avançado, mas sim de Tiago Djaló, central contratado pelo FC Porto na reta final do último defeso, à Juventus, por empréstimo.
Depois de uma estreia de sonho, ainda para mais em ‘casa’, na Amadora, frente ao Sintrense (3-0), com um golo apontado, o defesa português de 24 anos voltou a fazer o gosto ao pé diante do Hoffenheim (2-0), para a Liga Europa, estreando-se a faturar no Dragão.
10 outubro 2024, 08:00
Central dos dragões deu os primeiros pontapés na bola na Amadora, onde os azuis e brancos vão medir forças com o Sintrense, para a Taça de Portugal. Edmundo Silva, ex-presidente do Damaiense, relata a A BOLA o potencial que já se via no defesa em tenra idade
Desengane-se quem pense que foram apenas os golos que tornaram assinaláveis as exibições do central portista. Sempre concentrado, Djaló formou uma parelha sólida com Nehuén Pérez nos dois últimos encontros, demonstrando um grande entrosamento com o argentino, apesar de estarem os dois ainda a dar os primeiros passos de azul e branco.
Outro aspeto que saltou à vista nestes dois primeiros jogos com a camisola 3 do FC Porto, que herdou de Pepe, foi justamente a sua capacidade de comunicar com os companheiros e de corrigir os seus posicionamentos.
Chegou há poucos meses, mas não se intimida quando em causa está o equilíbrio defensivo da equipa. É voz de comando no relvado, como era o seu antecessor, este, claro, com muitos mais anos de casa e outro tipo de autoridade no balneário e até fora dele.
Formado na Academia de Alcochete, onde era figura de destaque no centro da defesa nos vários escalões de formação do Sporting por onde passou, Tiago Djaló desde cedo mostrou dotes de líder e apresentou altos níveis de maturidade.
Quem o garante é Luís Martins, que orientou o defesa enquanto diretor técnico da formação leonina, nomeadamente na equipa B verde e branca.
«Era um dos bons defesas que tínhamos nos plantéis, sendo o mais jovem de todos. Nessas épocas tivemos jogadores como o Merih Demiral, turco que esteve na Juventus. Tivemos bons jogadores nessa posição, o Tiago Djaló era o mais novo e efetivamente tinha muito potencial», frisou Luís Martins, em conversa com A BOLA.
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Djaló, que partilhou balneário em Alcochete com nomes como Rafael Leão, João Palhinha ou Daniel Bragança, cresceu com as experiências em Itália (Milan e Juventus) e França (Lille), que lhe conferiram outras valências e fizeram concretizar o potencial que na altura lhe era preconizado.
«É um jogador muito rápido, muito maduro e que ganhou várias valências depois das experiências em Itália e França. É um jogador com capacidade para ser titular e para ajudar o FC Porto na questão do equilíbrio defensivo», sublinha Luís Martins, que considera que o jogador pode ser «muito útil» à equipa comandada por Vítor Bruno.
Caso continue a brilhar de dragão ao peito, Djaló pode estar às portas de uma chamada à Seleção A, o que não seria novidade. «Já esteve nos trabalhos da seleção principal, na altura orientada pelo Fernando Santos», lembra Luís Martins.
Tiago Djaló, que é internacional sub-21 luso e soma 26 aparições pelas seleções jovens portuguesas, foi chamado para a equipa principal das quinas em 2022, por duas vezes: em março para suprir a ausência de Pepe, e em setembro, para duelos com Chéquia e Espanha, referentes à Liga das Nações. Não chegou, porém, a estrear-se pela Seleção nacional A.
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