Supertaça: FC Porto reforçou ainda mais estatuto de 'rei' da prova

Sporting-FC Porto, 3-4 Supertaça: FC Porto reforçou ainda mais estatuto de 'rei' da prova

NACIONAL03.08.202423:57

Somou a 24.ª vitória em 46 edições

O FC Porto reforçou este sábado, ainda mais, o estatuto de grande dominador da Supertaça Cândido de Oliveira, ao somar o 24.º título, em 46 edições, mais do que os 22 de todas as outras equipas juntas.

A formação azul e branca secunda o Benfica no campeonato, Taça de Portugal e Taça da Liga, mas, depois do 4-3 após prolongamento ao Sporting, em Aveiro, após recuperar de um 0-3, é cada vez mais o rei da Supertaça.

Numa prova criada apenas em 1978/79, os azuis e brancos somam agora mais 15 troféus do que o Sporting e o Benfica, que contabilizam ambos nove, sendo que os encarnados eram os detentores do título, depois de, em 2023, terem batido precisamente o FC Porto por 2-0, em Aveiro.

Em 09 de agosto de 2023, o onze do alemão Roger Schmidt, então campeão nacional em título, venceu por 2-0, com tentos do regressado argentino Ángel Di María (62 minutos) e do suplente croata Petar Musa (68), num jogo em que Pepe (90) e Sérgio Conceição (90+7) acabaram expulsos.

O FC Porto respondeu a este percalço um ano depois, com tentos do homem do jogo, Galeno (28 e 66 minutos), Nico González (64) e Iván Jaime (101), em resposta aos de Gonçalo Inácio (seis), Pedro Gonçalves (nove) e Geovany Quenda (24).

Além de ter mais títulos, o FC Porto também ostenta mais presenças (34), jogos (58), vitórias (29) e golos marcados (77), comandando ainda nos empates (14) e nos golos sofridos (48). Só perde, para o Benfica, nas derrotas (15 contra 17).

Destaque ainda para o recorde de cinco cetros seguidos, entre 2009 e 2013, com triunfos sobre Paços de Ferreira (2-0, em 2009), Benfica (2-0, em 2010), Vitória de Guimarães (2-1, em 2011, e 3-0, em 2013) e Académica (1-0, em 2012).

Já depois deste ciclo, os dragões somaram mais três triunfos liderados por Sérgio Conceição, face a Desportivo das Aves (3-1, em 2018), Benfica (2-0, em 2020) e Tondela (3-0, em 2022), e um quarto, este sábado, na estreia de Vítor Bruno.

Onze das 24 conquistas dos azuis e brancos aconteceram face aos encarnados, em apenas 13 duelos, o que significa que só perderam duas vezes face aos rivais lisboetas, em 1985, na edição correspondente à época 1984/85, e no ano passado.

O Vitória de Guimarães foi a outra equipa face à qual o FC Porto também ganhou mais do que uma vez, em 2011 e 2013.

Os dragões bateram ainda Estrela da Amadora (edição de 1989/90), Sporting de Braga (1997/98), Beira-Mar (1998/99), Boavista (2000/01), União de Leiria (2002/03), Vitória de Setúbal (2005/06), Paços de Ferreira (2008/09), Académica (2011/12), Desportivo da Aves (2017/18), Tondela (2021/22) e Sporting (2023/24).

Em termos individuais, os recordistas também pertencem ao FC Porto: o lateral direito João Pinto é o jogador com mais troféus (oito), enquanto os treinadores Artur Jorge e Sérgio Conceição contabilizam ambos três vitórias.

O segundo lugar do ranking de vencedores pertence, com nove troféus, ao Sporting e ao Benfica,

Os leões superaram duas vezes o Benfica (edições de 1986/87 e 2014/15), quatro o FC Porto (1994/95, 1999/00, 2006/07 e 2007/08), duas o Sporting de Braga (1981/82 e 2020/21) e, com Cristiano Ronaldo no banco, o terciário Leixões (2001/02).

Quanto ao Benfica, e além dos triunfos face aos dragões de 1984/85 e 2022/23, bateu outras tantas vezes o Sporting (1979/80 e 2018/19) e uma Belenenses (1988/89), Vitória de Setúbal (2004/05), Rio Ave (2013/14), Sporting de Braga (2015/16) e Vitória de Guimarães (2016/17).

Aos grandes, apenas fugiram quatro troféus - o último há mais de um quarto de século -, todos ‘patrocinados’ pelo FC Porto, que perdeu três vezes face ao Boavista (1978/79, 1991/92 e 1996/97) e uma com o Vitória de Guimarães (1987/88).

As restantes 12 equipas que participaram na Supertaça nunca venceram, nomeadamente Sporting de Braga (quatro presenças), Vitória de Setúbal (duas) e Estrela da Amadora, Rio Ave, União de Leiria, Académica, Paços de Ferreira, Leixões, Beira-Mar, Belenenses, Desportivo das Aves e Tondela (todos uma).

A Supertaça começou a disputar-se em 1979 e as duas primeiras edições foram oficiosas, com o Boavista a sagrar-se o primeiro vencedor, ao bater o FC Porto em pleno Estádio das Antas por 2-1.

Na temporada seguinte, a prova passou a ter a chancela oficial da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a ser jogada em duas mãos, o que aconteceu até 1999/2000, para em 2000/2001 voltar a um só encontro, em campo neutro.

O palco foi variando (Vila do Conde, Setúbal, Guimarães, Coimbra e Leiria), passou três vezes pelo Algarve e instalou-se em Aveiro, que recebeu hoje a Supertaça Cândido de Oliveira pela 14.ª vez nos últimos 16 anos.