St. Juste espreita entrada num onze de gala do Sporting

Velocidade do neerlandês pode ser trunfo na estrutura de Amorim; recuperação de Morita confirmada, junta-se a Hjulmand no miolo; Pedro Gonçalves e Edwards no apoio a Gyokeres

Um leão com fato de gala. Com as peças que mais garantias dão a Rúben Amorim num jogo sempre diferente, especial, no qual, por norma, emergem as grandes figuras de cada equipa. Em época exigente, intensa, em Alvalade tudo foi preparado ao pormenor. Gerir a condição física dos jogadores foi ponto fundamental desde o arranque. 

Uma gestão criteriosa, a qual até obrigou a alguns riscos – como confirmou o próprio técnico dos leões após a última partida europeia com o Raków – tendo como principal objetivo a certeza de que os maiores trunfos se apresentam com a fasquia elevada (de motivação, rotação competitiva e condição física) nas decisões, nos duelos que podem ser determinantes para a temporada. 

E eis que chegamos ao escaldante dérbi de hoje na Luz. Há muito que este jogo está a ser preparado. E os resultados, para já, são os melhores. O Sporting chega a esta fase da temporada no topo da classificação, ainda em todas as frentes e com os níveis de confiança elevadíssimos, podendo deixar o rival encarnado a seis pontos de distância. E, por isso, ao contrário de outras ocaisões, não abriu o jogo quanto ao onze. Existem, porém, poucas dúvidas. Rúben Amorim vai a jogo com grande parte da estrutura forte utilizada esta época. Um onze de gala no qual poderá ser esperada uma surpresa: St. Juste. O central neerlandês, que vem recuperando os indíces físicos nas últimas semanas (somou minutos nos jogos com o Olivais e Moscavide, Boavista, Farense, Estrela da Amadora e Raków) espreita uma entrada no onze. Uma opção que visa explorar, sobretudo, a velocidade do defesa perante adversários com grande poder de aceleração como os casos de Rafa ou Di María. 

Porém, não está excluída a possibilidade de manter Diomande, dada a consistência e entrosamento do costa-marfinense com Coates e Gonçalo Inácio, uma dupla que tem lugar garantido no trio defensivo. 

MORITA ESTÁ CONVOCADO

Confirmada está, tal como A BOLA havia adiantado ontem, a recuperação de Morita após a ausência nos últimos três jogos (Farense, Estrela da Amadora e Raków). O médio nipónico, de 28 anos, reentra no lote de opções, mas Rúben Amorim não confirmou uma entrada direta ao onze. «Não vou confirmar, mas quer dizer... [risos] É um jogador apto. Morita foi convocado. Se será titular ou não... vamos deixar para vocês discutirem nas seis horas de antevisão ao dérbi», disse o técnico, que, ainda assim, não deverá abdicar da influência do japonês que reassumirá o estatuto no centro do terreno ao lado de Hjulmand. 

AS ALAS E O ATAQUE

De resto, ao que tudo indica, Amorim voltará a dar confiança aos alas Ricardo Esgaio (direita) e Nuno Santos (esquerda). A dupla mais vezes utilizada esta época (apesar das constantes rotações de ambos durante os jogos). E se aqui não são esperadas novidades, o mesmo acontece com o tridente ofensivo que, aliás, tem sido garantia de golos nos últimos jogos. Com o sueco Gyokeres como principal referência – após a ausência no duelo europeu com o Raków devido a castigo – com o apoio de Pedro Gonçalves, com a mira afinada após o bis desta semana diante dos polacos, e de Marcus Edwards, extremo inglês que tem subido de rendimento a cada jogo. Juntos, aliás, somam 19 dos 35 golos oficiais na presente temporada.