Novo treinador não deve ainda mudar muito mas pode haver nuance tática na defesa: um onze provável. Nenhum dos cinco lesionados se treinou esta sexta-feira e recuperações para domingo são cada vez mais improváveis
A revolução pode esperar. Se é que alguma vez nos tempos mais próximos vai haver revolução, afinal o Sporting de há pouco mais de um mês jogava como nunca, quase de olhos fechados. Rui Borges dará o seu cunho à equipa, poderá até mudar o sistema, mas para o dérbi as mudanças não serão ainda muito evidentes, ainda que se possam ver algumas nuances do jogo do novo treinador leonino. O encontro com o Benfica não vai ter, então, um Sporting virado do avesso, mas terá um leão ainda cheio de problemas devido às muitas ausências forçadas.
Segundo dia de trabalho de Rui Borges no Sporting, segundo treino na Academia Cristiano Ronaldo, as mesmas cinco baixas às portas do dérbi com o Benfica. Más notícias para o técnico que na manhã desta sexta-feira não contou com cinco lesionados na sessão de trabalho. Rui Borges já sabia que Nuno Santos e Pedro Gonçalves nunca poderiam contar para o encontro deste domingo (20h30 em Alvalade), esperança no entanto havia ainda por Gonçalo Inácio, Morita e Daniel Bragança. Porém, nenhum dos três esteve ainda às ordens do treinador de 43 anos.
Este sábado de manhã há novo treino e o mais provável será os lesionados continuarem a ser os mesmos. Bragança está a contas com lesão muscular; Morita também; Inácio recupera de entorse no tornozelo esquerdo. O médio português é carta fora do baralho; o japonês completa este domingo o prazo estimado de recuperação, mas mesmo que recupere terá apenas um treino com os companheiros; o central tem igualmente pouca margem de manobra.
LINHA DE TRÊS... OU QUATRO
Será então uma estreia com dificuldades para Rui Borges escolher o melhor onze. Sem revoluções, pode esperar-se alguma nuance tática. Sabe-se que o treinador defende com linha de quatro, embora com saída a três, mas em Alvalade tem centrais de sobra (mesmo sem Inácio) e laterais a menos. Por isso não será de estranhar que nestas contas entrem Eduardo Quaresma, Diomande e… Debast. Acrescente-se ao trio Matheus Reis na ala esquerda e poderá o brasileiro recuar empurrando Quaresma para a lateral direita e assim formar a tal linha de quatro.
União dentro e fora de campo. A BOLA conta-lhe como foi o primeiro dia do treinador na pele de leão. O almoço com os jogadores, o apelo ao grupo, o treino onde quis mais agressividade com e sem bola, sempre de olhos na baliza adversária
Neste exercício, o meio-campo tem pouca margem de manobra, pois só Hjulmand parece disponível no miolo. O jovem João Simões novamente lançado às feras ao lado do dinamarquês. E se Matheus pode assumir a ala esquerda, Quenda deve manter o lugar na direita.
Na frente, Gyokeres indiscutível; Trincão indiscutível; Conrard Harder candidato à esquerda, como em Barcelos. Só falta dizer que o guarda-redes vai ser Franco Israel e que Ricardo Esgaio está castigado.
Quatro jovens chamados
Com tantas ausências forçadas pelas lesões, Rui Borges voltou a contar com elementos da equipa B para o treino desta sexta-feira e será natural que alguns deles sejam convocados para o dérbi. «Às ordens de Rui Borges, os leões trabalharam na Academia Cristiano Ronaldo com a presença dos jovens Mauro Couto (extremo, 17 anos), Eduardo Felicíssimo (médio, 17), Miguel Alves (central, 18) e Henrique Arreiol (médio, 19)», anunciaram então os verdes e brancos em nota oficial, numa repetição dos jogadores da formação que tinham estado com a equipa A na quinta-feira. Este sábado há novo treino de manhã em Alcochete, mesmo local onde terá lugar a conferência de imprensa de antevisão do dérbi, a partir das 12h30. Será a primeira de Rui Borges em Alcochete.