Solskjaer não o quis a capitão, mas destaca pormenor de Bruno Fernandes: «Ali podia contar com ele»
Antigo treinador disse ainda porque não o quis a capitão e sublinha influência das críticas na saúde mental dos jogadores
Ole Gunnar Solakjaer recordou o tempo que passou à frente do Manchester United e falou da pressão que os jovens jogadores por vezes sofriam, muitas vezes devido aos media e aos comentadores.
Evidência disso é que muitos recusavam a braçadeira de capitão e até falar na flash-interview no final do jogos, exceções feitas por exemplo ao então capitão Harry Maguire e o atual, Bruno Fernandes.
«Muitos recusavam fazer a entrevista pós-jogo, aquelas três perguntas», revelou ao podcast Stick to Football, conduzido pelos antigos colegas Gary Neville e Roy Keane. «Havia aqueles com quem podia sempre contar, Bruno Fernandes ia sempre, Maguire, também, De Gea, Lindelof, Shaw. Os outros ficavam preocupados com as perguntas, preferiam não ir», confessou.
Solskjaer disse que as críticas de especialistas e dos media afetavam os jogadores: «Definitivamente, 100 por cento. Pode-se criticar as táticas dos jogadores ou das equipas, mas por vezes vai-se além disso e há muita gente a ver e a reagir nas redes sociais. Se eles não lerem, amigos, agentes e gerentes vão fazê-lo.»
Por outro lado, revelou o motivo porque quis manter Maguire como capitão, apesar de reconhecer méritos ao português.
«Eu sabia que o Bruno Fernandes tinha qualidades de capitão quando era treinador do Manchester United. Ele tem a personalidade e a qualidade necessárias, mas - ele sabe e eu disse-lhe - é demasiado apaixonado, por vezes, e perde um pouco o controlo. Para mim Maguire era o líder», explicou.
(notícia atualizada às 12.57 horas)