Só Djaló teve cabeça para colar guerreiros ao pódio: a crónica do Estoril-SC Braga (veja o resumo)
Foto MIGUEL NUNES

Estoril-SC Braga, 0-1 Só Djaló teve cabeça para colar guerreiros ao pódio: a crónica do Estoril-SC Braga (veja o resumo)

NACIONAL13.04.202423:40

Terapia de choque de Rui Duarte, que fez cinco alterações no onze, apenas surtiu efeitos após o intervalo; Borja e Álvaro na aliança do golo; Estoril de poucos riscos

Desenganou-se, mesmo tratando-se de vitória tangencial dos bracarenses no Estoril, quem julgava que os guerreiros do Minho iriam entrar numa espiral negativa depois do enorme trambolhão com o Arouca na jornada anterior, na ressaca da saída de Artur Jorge, que redundou em semana que, como deu conta o próprio Rui Duarte, que ficou com a batata quente nas mãos, serviu para «dizer verdades» ao balneário.

E que teve como efeitos materiais a terapia de choque promovida no onze apresentado: foram cinco alterações, numa revolução liderada, sobretudo, por Ricardo Horta, Álvaro Djaló e Borja (Vítor Carvalho, no miolo, e Paulo Oliveira, no eixo, foram as outras novidades).

Todavia, foi só após o intervalo, altura em que o 0-0 assentava bem à fraca produção ofensiva das duas equipas, que os bracarenses se soltaram do colete de forças que os impedia de ligar o jogo em condições, sobretudo no último terço.

Bruma deixou sério aviso logo aos 53’, proporcionando enorme defesa a Marcelo Carné, e cerca de dez minutos depois desenhou-se a jogada do único golo da partida, com Djaló a conduzir ataque rápido, a deixar a bola para Bruma, que serviu Borja para cruzamento da esquerda com conta, peso e medida para voo magistral de Djaló, que já tinha chegado à área e num golpe de cabeça indefensável fez o único golo do encontro, sentenciando o triunfo no Estoril e colando os bracarenses ao pódio, agora com os mesmos 59 pontos do FC Porto no terceiro lugar.

Resultado justo, até pelos poucos riscos assumidos pelo Estoril, que tentou fazer da tranquilidade do seu jogo uma arma para enervar os bracarenses e acabou por não enquadrar um único remate com a baliza de Matheus, isto apesar da entrada mais determinada no jogo e do espírito mais mandão dos primeiros 45 minutos, que não teve resultados práticos para além do tal colete de forças que amarrou os bracarenses.

FUTURO NAS PRÓPRIAS MÃOS

Resta, agora, saber o que farão os bracarenses neste novo contexto: a terem de defrontar Vizela (c), Benfica (f), Casa Pia (c), V. Guimarães (f) e FC Porto (c), os guerreiros são donos do seu próprio destino na perseguição do terceiro lugar, não dependem de mais ninguém para voltar a repetir presença no top-3 final da classificação desta Liga 2023/24.

Aguardam-se, pois, pelas cenas dos próximos capítulos, porque a luta ficou ao rubro e promete!