Sérgio Conceição: «Olhar demasiado para trás e para a frente não dá»

Sérgio Conceição: «Olhar demasiado para trás e para a frente não dá»

NACIONAL02.03.202413:57

A luta pelo segundo lugar, um olhar atento a quem está atrás e explicações sobre declarações após o jogo contra o Santa Clara

A pressão está do lado do FC Porto e Conceição vive bem com isso. Tem é haver um equilíbrio.

«Em relação ao 2.º lugar, estamos em 3.º e temos de dar uma olhadela para trás e para a frente. Depois começamos a olhar demasiado para trás e para a frente e não dá, como se diz no norte, tombamos. Temos de ir à procura dos três pontos nestes jogos que temos pela frente. Pressão faz parte daquilo que é o nosso trabalho. Trabalhar num clube grande, habituado a ganhar títulos, mais nos últimos 40 anos do que nos anteriores. As pessoas, e isto é culpa do nosso presidente, estão mal habituadas, porque antes da entrada dele os títulos não eram assim tantos. Depois, têm sido anos maravilhosos nesse sentido. A pressão faz parte de quem comanda uma equipa profissional de futebol que, independentemente da mais-valia ou menos-valia em relação aos adversários internos ou na Europa, tem obrigação de ganhar. Dou-me bem com essa pressão. Acho que isso é bom», atirou.

E disse mais: «Se não há pressão, eu crio-a. Não vejo que o meu discurso seja para tirar pressão. Gosto de pressão, os jogadores sentem-na. Na Liga dos Campeões temos dado resposta positiva. O meu discurso é o verdadeiro, o que sinto. O que disse no final do jogo nos Açores foi que toda a gente, incluindo os diferentes departamentos e os adeptos, tem de dar tudo em prol do clube e fazer de cada jogo como se fosse o último da época. Devia ser assim desde o início. Olhando para trás, já não é possível voltar. Temos de encarar isso dessa forma.»

Nos Açores, depois de eliminar o Santa Clara, disse ter jogado contra mais do que 11 jogadores, referindo-se ao vento incómodo. O treinador aprofundou o tema na antevisão do clássico.

«Em relação ao que disse depois do jogo com o Santa Clara, que jogámos mais do que contra 11 jogadores adversários num dos jogos anteriores a esse, e nos Açores afirmei que jogámos com mais do que 11 adversários porque tinha o vento que era extremamente incómodo, os adeptos são extremamente apaixonados pelo seu clube, a situação dos apanha-bolas, que com o Santa Clara a ganhar, os nossos jogadores tinham de ir buscar a bola, todos viram na Sport TV. O Conselho de Disciplina pensou que eu me referia à arbitragem e instauraram-me um processo. Nessa altura não referi que era o vento, então nos Açores tive de o fazer. Isto tem custos, como pagar ao advogado», disse, a sorrir.