«Ser treinador do Barcelona é um ataque à saúde mental»

Ronald Koeman apoia decisão de Xavi de deixar o comando técnico dos 'blaugrana'; treinador neerlandês que também passou pelo Benfica esteve ano e meio à frente da equipa 'culé'

As ondas de choque à volta do anúncio feito por Xavi Hernández no final do passado mês dando conta da decisão irrevogável de deixar o comando técnico dos blaugrana no final da temporada em curso, apesar de ter mais um ano de contrato para cumprir, têm vindo a perder intensidade, mas o ainda treinador da equipa de João Félix e João Cancelo continua a receber testemunhos de apoio e solidariedade.

O mais recente teve a voz de Ronald Koeman. O técnico neerlandês de 60 anos, que passou pelo comando técnico do Benfica em 2005/2006, defendeu os argumentos que presidiram à decisão de Xavi, confessando ter passado situação semelhante quando orientou a equipa culé de 2020 a finais de 2021.

«Ser treinador do Barça é um ataque à saúde mental. É muito mais divertido ser jogador do Barcelona do que treinador, e Xavi, como catalão e filho do clube, certamente notou isso», afirmou Koeman numa entrevista ao Good Morning Eredivisie. 

«É o trabalho mais difícil que já fiz», juntou, aludindo à passagem de 18 meses pelo comando técnico dos blaugrana. 

30 janeiro 2024, 12:33

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«A imprensa aponta-lhe uma arma. Se as coisas não correm bem, a culpa é do treinador. Também sofri com esse stress e pressão», assentou Koeman. 

Em boa verdade, Ronald Koeman teve passagem bem mais atribulada pelo Barcelona do que Xavi. Pegou na equipa no verão de 2020, quando as competições foram reatadas após o adiamento provocado pela pandemia de Covid-19, lidou com duas crises centradas em Messi, a primeira com o famoso burofax em que o argentino solicitou a saída do clube, a segunda com renovação não concretizada que redundou na saída do craque argentino para o PSG, isto já para não falar do não menos famoso Barçagate, que provocou eleições e o regresso de Laporta à presidência.