3 dezembro 2024, 20:08
Diana Silva: «Golos não seriam possíveis sem o talento das restantes jogadoras»
Avançada marcou os dois golos da vitória, mas salienta o trabalho de toda a equipa
Comitiva de Portugal aterrou esta tarde no Aeroporto Humberto Delgado após o apuramento para o Euro 2025 feminino; Diana Silva, marcadora dos dois golos que permitiram derrotar a Chéquia, fala em «dever cumprido»
Pese o momento histórico que representou a qualificação da seleção nacional feminina para o terceiro Campeonato Europeu da sua história – todos de forma consecutiva – a hora de chegada não deu azo a receções efusivas: afinal, o voo que trouxe a comitiva portuguesa a partir de Praga aterrou no Aeroporto Humberto Delgado pelas 15.20 horas de uma quarta-feira. Ainda assim, foram muitos os sorrisos por mais um feito alcançado.
Um dos mais rasgados era, claro está, de quem mais diretamente contribuiu para mais uma página histórica do futebol feminino português – Diana Silva marcou os dois golos que permitiram à equipa das Quinas derrotar a Chéquia (1-2), o que a juntar ao empate caseiro (1-1), obtido num lotado Estádio do Dragão, confirmou a presença na fase final do Europeu. «É um motivo de orgulho imenso e espero continuar», confessou, à chegada.
3 dezembro 2024, 20:08
Avançada marcou os dois golos da vitória, mas salienta o trabalho de toda a equipa
«O golo foi um momento de explosão, de alegria, mas ainda não estava acabado o jogo, até porque elas depois acabaram por ter uma oportunidade no final do jogo. Foi um jogo super difícil, num campo complicadíssimo, competitivo até ao fim e foi uma explosão de alegria quando passámos. Estivemos empatadas, conseguimos dar a volta, consegui a marcar o golo que deu a vitória e isso deixa-me satisfeita», declarou a experiente jogadora, internacional por 110 ocasiões, que não escondeu que a emoção se abateu de todo o grupo assim que soou o apito final no encontro realizado em solo checo, em Teplice.
E não foi por menos: para se qualificar para o Euro, Portugal necessitou de vencer o seu grupo na Liga das Nações – ascendeu à Liga A nesse caminho – e de ultrapassar dois play-offs, ante Azerbaijão e, mais tarde, a Chéquia.
«Foi um sentimento de objetivo cumprido. Fiquei imensamente feliz, porque foi o libertar de toda essa emoção e, felizmente, conseguimos», ressalvou a avançada de 29 anos, para quem não restam dúvidas: disputar um Campeonato da Europa pela terceira vez, a juntar a uma inédita presença num Mundial, significa que o futebol jogado por mulheres em Portugal «está a crescer». «Continua a crescer e vai continuar a crescer. É super positivo, traz mais pessoas, traz mais interesse, vai trazer mais meninas a querer jogar e, inevitavelmente, mais qualidade», afiança.
«No futuro, acho que vamos conseguir chegar mais longe», antevê Diana Silva, que espera contribuir para que Portugal consiga, brevemente, ultrapassar a fase de grupos de um Europeu, quem sabe já na edição que segue, no verão de 2025, na Suíça, no qual, à sua imagem, as Navegadoras procuram fazer História.