Primeiro disse Bruno Lage, mas acrescentou Jorge Jesus
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ENTREVISTA A BOLA Seferovic: «Jorge Jesus é outro nível»

NACIONAL05.04.202511:00

Seferovic considera Lage 'top' mas também não poupa elogios a Jorge Jesus. Elegeu Jonas como o melhor avançado com quem jogou na Luz, apesar de também ter sido companheiro Darwin, Gonçalo Ramos ou Raul Jimenéz. E escolheu o onze-ideal

Haris Seferovic fala com a franqueza de quem é livre. Não hesita, por exemplo, a dizer o melhor treinador ou o melhor avançado com quem coincidiu no Benfica. No que diz respeito a técnico, dispara logo Bruno Lage, mas não demora muito a acrescentar Jorge Jesus. E justifica. Já sentiu mais dificuldade em escolher o onze ideal dos companheiros com quem partilhou o balneário na Luz em cinco temporadas. A escolha de alguns foi, para Seferovic, fácil. Rafa entrou de caras na equipa do avançado.

— Era o número 14 no Benfica. Porquê?

— Não sei bem. Quando cheguei disseram-me que podia decidir qual o número que queria e o 9 ou o 17 não estavam livres, usei o 17 em Itália. Escolhi o 14 e gostava do 14.

— Sabe quem é o número 14 do Benfica?

Pavlidis, não?

— O que pensa dele?

— Sim, está bem. Vi alguns jogos na Champions e está bem.

Haris Seferovic, 33 anos, esteve cinco época no Benfica, somou 188 jogos e 74 golos e conquistou um campeonato e duas Supertaças. Foto: Sérgio Miguel Santos

— Seferovic no topo da forma e Pavlidis no topo da forma. Quem é titular?

— Eu, claro [risos]. Vou sempre escolher-me.

— Qual foi o melhor treinador que teve no Benfica? Rui Vitória, Bruno Lage [interrompe].

— Bruno Lage.

— Bruno Lage, Jesus, Nélson Veríssimo.

— Bruno Lage, sim. Bruno Lage e Jorge Jesus, também. Porque Jorge Jesus, como treinador, é outro nível. Aprendemos muito de tática e de tudo do futebol. E também marquei muitos golos com Jesus. Mas tinha mais ligação com Bruno Lage que com Jesus. Vou dizer Lage e Jesus. Os dois. Bruno Lage, como homem, é top, muito bom, dá-te confiança e liberdade. Com Jesus aprendemos o futebol, a tática, era bom.

Antigo médio e treinador-adjunto do Benfica, agora comentador da DAZN, foi treinado por JJ entre 2009 e 2012
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— Jesus chateava-o muito?

— Chateava todos, mas nunca tive um problema com isso. O treinador não pode ser... como se diz?

— Amigo?

— Não pode ser muito amigo. Não pode. Tem de fazer o trabalho dele. Jesus é diferente. Separa o trabalho. Cara a cara é outra pessoa, muito tranquilo, muito bom. No campo, é futebol, quer ganhar, nós queremos ganhar. E, sim, foi diferente.

Seferovic foi o melhor marcador da época 2018/2019 com 23 golos e recebeu A BOLA de Prata. Foto: Rui Raimundo

Levou A BOLA de Prata para o Dubai

Seferovic foi o melhor marcador do campeonato na época 2018/19 com 23 golos, mais três que Bruno Fernandes, então no Sporting. Ganhou, por isso, A BOLA de Prata. «Está aqui em casa, trouxe-a comigo, claro», revelou, não evitando um sorriso orgulhoso. O avançado de 33 anos confirma que ainda tem casas em Portugal, só não sabe é se irá por cá viver depois de acabar a carreira, até porque ainda não chegou o tempo de pensar nisso. «Ainda não sei [se voltarei a Portugal para viver]. Vamos ver. Tenho ainda mais três anos para jogar e depois veremos onde ficarei. Se estiver tudo bem com o meu corpo e se continuar a ter vontade de me treinar, jogarei mais três anos», partilhou o internacional helvético.

— Nos anos em que esteve no Benfica, depois de si, quem foi o melhor avançado? Darwin, Jonas [interrompe].

— Jonas. Jonas é top, muito bom. Marcava muitos golos, percebia de futebol. Jonas é o melhor.

Avançado suíço escolhe a melhor equipa com os jogadores que coincidiram com ele na Luz
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— Seria capaz de fazer um onze-ideal com os jogadores das suas épocas no Benfica?

— Todas as épocas? [desabafo] Não me lembro de todos. Júlio César, André Almeida, Luisão, Rúben Dias e Grimaldo, Fejsa como 6. Quem estava mais aí. Eu e Jonas. Depois Pizzi. Pela direita quem estava lá? Sim, Salvio, também era bom. O Rafa, sim, para mim o melhor.

— Gostava muito de Rafa.

— Sim, gostava. Rápido com bola e sem bola, pode marcar e fazer assistências, é um jogador que fazia a diferença.

— Também uma pessoa especial, diferente, mais reservado.

— Sim, mas sempre me dei bem com ele. Falávamos muito.