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7 novembro 2023, 23:47
Conceição quer transformar assobios em aplausos: «Em tempos de vacas fit...»
Treinador do FC Porto reage às críticas, comenta a discussão em torno do penálti e fala do recorde de Pepe
Técnico portista diz perceber os momentos em que os adeptos demonstram insatisfação em determinados jogos. Foto: IMAGO
Foto: IMAGO
«Se assobiava caso estivesse na bancada? Assobio do banco»
Sérgio Conceição entende a forma como os adeptos por vezes se expressam, mas lembra que a missão da equipa técnica é perceber os momentos do jogo de outra forma; e não esquece a caminhada recente do FC Porto na Liga dos Campeões
Apesar da vitória frente ao Antuérpia (2-0), no encontro da 4.ª jornada do Grupo H da Liga dos Campeões, realizado na passada terça-feira, os adeptos do FC Porto demonstraram, nomeadamente na parte final do desafio, algum descontentamento pela exibição dos azuis e brancos, que jogaram praticamente toda a segunda parte com mais um elemento em campo - Jurgen Ekkelenkamp, médio do conjunto belga, tinha sido expulso aos 51 minutos.
Quando interpelado sobre esta reação de alguns dos adeptos presentes no anfiteatro azul e branco, Sérgio Conceição assumiu que ele próprio também tem momentos em que lhe apetece... assobiar.
«Assobio do banco. Se olharmos para oito jogos da fase de grupos da Liga dos Campeões, oito, perdemos um. Ganhámos sete. Perdemos com o Barcelona. Temos sete vitórias em oito, depois do Brugge. Eu aplaudia, na bancada. Mas ao ver erros que nós cometemos neste jogo com o Antuérpia, diante de um adversário em inferioridade numérica, eu como adepto, na bancada, era capaz de dar uma 'assobiadelazinha', sim. Mas isso faz parte, é o futebol. Nós temos é que, dentro de uma fase difícil da época, pelo calendário, pela exigência do ciclo de jogos na Liga dos Campeões, por ter de ganhar sempre no Campeonato para não perdermos os lugares de cima, ter a obrigatoriedade de ganhar. De ganhar e de jogar bem. Não vou tocar aqui nos jogadores ausentes, para não dizerem que é desculpa, até porque fiz isso uma vez e massacraram-me - iam-me matando, mas é difícil... Os adeptos querem é a bola na rede. E eu também! Por isso é que, às vezes, também me dá vontade de assobiar ali no banco. Umas vezes para aos adeptos, outras vezes para a equipa, outras vezes para mim próprio...», salientou o técnico dos dragões.
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