SC Braga quer eliminar a obrigatoriedade de deter a maioria da SAD
(Foto: SC Braga)

SC Braga quer eliminar a obrigatoriedade de deter a maioria da SAD

NACIONAL03.01.202416:48

Foi marcada uma Assembleia-Geral para 3 de fevereiro para discutir esta proposta; clube nunca teve a maioria do capital e quer enquadrar essa realidade

O SC Braga emitiu um comunicado esta quarta-feira convocando os sócios do clube para uma Assembleia-Geral (AG) no próximo dia 3 de fevereiro, às 9.30 horas, para debater a alteração dos estatutos do emblema.

Uma das propostas em cima da mesa pretende que o SC Braga deixe de ser obrigado a deter a maioria do capital da sua SAD.

Mais concretamente, a proposta passa por eliminar por completo o ponto 2 do artigo n.º 110 dos atuais estatutos do clube, que dita: «Em todas as sociedades desportivas em que o S.C.B. participe (...), existentes ou futuras, será mantida, direta ou indiretamente, a maioria do capital social e número de votos correspondente a essa posição societária.»

Recorde-se que o grupo Qatar Sports Investments, dono do Paris Saint-Germain é, desde 2022, acionista da SAD do SC Braga, tendo aumentado essa sua participação no final do ano passado. 

Esta proposta destina-se a trazer o SC Braga para a realidade do contexto actual, dado que desde a criação da SAD o clube nunca teve maioria, pese ter na Sociedade parceiros estratégicos com os quais mantém relação de confiança, até ao momento. A antiga norma em causa foi introduzida em 2015, num contexto em que existia a expectativa da Câmara Municipal doar as ações ao clube. Nesse caso, juntando as ações do clube e da Câmara, o clube passaria a ter a maioria que pelos estatutos teria de manter. Uma vez que a autarquia vendeu as ações em bolsa a terceiros, a norma tornou-se obsoleta e incongruente. 

De acordo com fonte do clube, esta proposta de alteração tem «apenas o intento de eliminar tal incongruência e porque a eliminação não afeta em nada a vida do clube e os seus sócios (nem a SAD), é que o Conselho Geral propôs tal alteração. Objetivamente, na prática nada se altera.»