ENTREVISTA A BOLA São Tomé e Príncipe tenta convencer Gedson Fernandes a representar a seleção
Revelação feita pelo selecionador Ricardo Monsanto em grande entrevista a A BOLA. Treinador conhece muito bem o jogador desde a formação no Benfica e fala muito com o pai em São Tomé e Príncipe.
- São Tomé e Príncipe ocupa a posição 189 no ranking da FIFA. Que trabalho está a ser feito para que melhore o rendimento desportivo?
- Um trabalho fantástico uma evolução e enorme. São Tomé e Príncipe têm 220 mil pessoas. Para comparar, a mesma base de recrutamento da Madeira. Temos feito um enorme trabalho de descoberta de jogadores na diáspora que estejam em condições de representar a Seleção. Tenho falado com muitos…
- Gedson Fernandes é um desses jogadores?
- É, claramente. Ele foi internacional por Portugal nos escalões de formação e sonha ser chamado à equipa principal de principal. Mas como nunca se estreou na seleção principal portuguesa, está em condições de jogar por São Tomé e Príncipe. Uma pessoa que conheço bem desde os iniciados do Benfica, hoje também é meu amigo. Eu puxo sempre muito por ele. Seria uma mais valia para a seleção de São Tomé e Príncipe.
- O Gedson Fernandes é um dossier em aberto?
- É um dossiê em aberto. O pai dele vive em São Tomé, temos falado muito com ele. Eu gostava muito que um dia acontecesse, mas também sou sincero, por gostar muito dele: se não tiver de acontecer, que seja porque seria chamado por Portugal, também teria muito orgulho.
- Quão difícil é esse trabalho de convencer jogadores a jogar por São Tomé?
- Não é fácil. Em primeiro lugar, porque estes alvos preferem jogar nas seleções dos países onde nasceram ou que os acolheram desde criança, seleções muito mais cotadas. Depois, competimos também com outros países dos PALOP, já que há muitos casamentos de são-tomenses com cidadãos desses países. Há uns anos, entrámos com Angola em luta para convencer o guarda-redes Kadu, na altura ainda na formação do FC Porto. O Kadu preferiu Angola, não posso levar a mal, até sou muito amigo do selecionador Pedro Gonçalves, mas é apenas mais um exemplo das dificuldades de uma federação de um pequeno país que ocupa uma posição muito modesta no ranking da FIFA.