Manchester City Rúben Dias e a final da Champions: «Temos de fazer com que tudo isto faça sentido»
Um, dois, três. O Manchester City já conquistou a Premier League, celebrada a 20 de maio, no sofá, após derrota do Arsenal em casa do Nottingham Forest, e a Taça de Inglaterra, garantida no passado sábado com triunfo em Wembley sobre o Manchester United. Para completar o tão desejado treble, o mesmo é dizer três troféus na temporada, um deles europeu, feito de que só os rivais de Old Trafford se podem orgulhar no país, os citizens estão obrigados a vencer, amanhã, o Inter na decisão de Istambul da Liga dos Campeões.
«Todos querem estar aqui, trabalhámos muito para chegar à final, agora temos de fazer com que tudo isto faça sentido», resumiu, aos meios de informação do clube, Rúben Dias, decidido a fechar a época com chave de ouro.
O City disputa, no Estádio Olímpico Ataturk, o 61.º e último desafio de 2022/2023, em cinco competições (38 na Premier League, 12 na Champions, seis na Taça de Inglaterra, três na Taça da Liga e um na Supertaça inglesa), balanço de 43 vitórias, 10 empates e sete desaires, 150 golos marcados e 46 sofridos. Na prova milionária, a equipa de Pep Guardiola consentiu apenas cinco golos, melhor registo da atual edição, ao longo da qual se viram também os efeitos da alteração de sistema tático introduzida pelo treinador catalão, que procura a terceira orelhuda da carreira de técnico (ganhou duas no Barcelona, em 2009 e 2011).
«Mudámos a nossa forma de jogar, sim. A maior mudança incidiu no John [Stones]», disse o central português, que, a 14 de maio, completou 26 anos, antes de esmiuçar parte do 3x2x4x1 que os adversários continuam sem perceber na perfeição.
«É um grande passo na nossa equipa, porque acabamos por ter mais um homem no centro do terreno, embora, em dois segundos, possa recuar e estar ao meu lado. Para o Stones é um papel completamente diferente do que costumava ter. Mas mostrou-nos como pode ser bom nessa posição. Estou feliz por ele, gosto muito dele.»
Quando se pensava que a inovação de Guardiola poderia criar problemas ao setor recuado, por deixar expostos tanto Rúben Dias como os laterais, o City mostrou ainda mais argumentos e nem Bayern, nos quartos de final, nem Real Madrid, nas meias-finais, conseguiram decifrar o novo enigma do colosso inglês.
«Damo-nos todos muito bem e uma das principais características deste grupo é ser inteligente e adaptável às situações que surgem», destacou, referindo-se aos companheiros com quem costuma dividir as tarefas defensivas, casos de Akanji, Aké, Laporte ou Kyle Walker: «Se a solução que estamos a dar não é exatamente a que precisamos, somos capazes de adaptar-nos. Hoje em dia é uma característica bastante importante não só num jogador como numa equipa.»
Com 42 encontros (um golo) em 2022/2023, Rúben Dias persegue o sexto título ao serviço do Manchester City, aquele que será a cereja no topo do bolo, depois de ter perdido para o Chelsea a final da Champions de 2021, no Dragão, golo solitário de Havertz: «Temos oportunidade de ganhar uma terceira competição esta época, é altura de tornar este momento especial. Estou a sentir-me bem.»