Rúben Amorim esclarece Trincão, Morita e aborda o futuro

Sporting-FC Porto Rúben Amorim esclarece Trincão, Morita e aborda o futuro

NACIONAL12.02.202321:28

Terminado o desafio com o FC Porto, que o Sporting perdeu, diante do seu público, por 1-2, Rúben Amorim, técnico dos leões abordou, em conferência de imprensa, todas as questões que lhe foram colocadas, sobre os mais diversos temas, desde as mudanças no onze, substituições, Morita, risco de não obter o apuramento para a Champions League e o futuro a título individual.

Sobre a saída precoce de Trincão, o treinador verde-e-branco esclareceu: «O Trincão está com uma amigdalite, tentou jogar, mas senti que não estava bem nos duelos. Não tirava um jogador aos 30’ quando estávamos a ser a melhor equipa em campo.»

Quanto a Morita, «não esteve disponível para este jogo» e falhará o próximo: «Também não estará disponível no jogo que vem a seguir, só depois é que poderá voltar.»

Questionado sobre as apostas no onze e as substituições, Rúben Amorim declarou: «Fazia, de novo, tudo igual, porque foi o que o jogo pediu. Não estou preocupado [com os adeptos], porque a vida de treinador é mesmo assim, sobretudo numa época em que os resultados não estão a aparecer. Perdemos nos detalhes não porque o FC Porto jogou melhor ou nos encostou. Não quero convencer ninguém. Sei que perdemos com o FC Porto, sei o momento em que nos encontramos e só tenho de convencer os jogadores. Não me perdi nas substituições. Quando se fala de experiências, toda a gente me criticava porque todos queriam tirar o Paulinho e agora sou criticado porque mantive o Youssef [Chermiti], que tem estado a jogar bem. Não andei nada perdido, andei para trás e para a frente conforme o jogo pediu. Os resultados é que convencem os adeptos, não é aquilo que possa dizer. Os jogadores é que têm de ser convencidos e acho que eles continuam a acreditar em mim.»

Relativamente à distância pontual na classificação e o risco de perder a última vaga de acesso para a Champions League e que impacto isso poderá ter na construção do plantel 2023/24, o timoneiro leonino afirmou: «Não sou bruxo, não sei o que vai acontecer no resto do campeonato. Não estou nada conformado [com este resultado]. Não acho que a vitória tenha sido justa mas cabe-vos [jornalistas] analisar isso. Eu não vou dizê-lo, não vou dizer que jogámos melhor, que tivemos mais oportunidades, sofremos um golo num ressalto e, a partir daí, o jogo ficou muito mais difícil. Não tenho feitio para estar aqui a defender-me. Tudo que não seja ficarmos em primeiro lugar, preocupa-me muito. Está o Benfica à nossa frente, o FC Porto e até o SC Braga, que não tem obrigação de lá estar, nem dispõe das mesmas condições que nós, mas, mesmo indo à Champions, temos vendido jogadores, portanto o que é certo [para o futuro do clube e encaixe financeiro] são os jovens com grande potencial, como o Youssef [Chermiti] e o Fatawu.»

No que diz respeito ao seu futuro, Rúben Amorim comentou: «Não me sinto em prazo de validade. Se o clube não quiser, posso sair. Sempre quis ficar, mesmo quando tive convites para sair. Não preciso de pagar nada. Tenho confiança em mim em como vamos dar a volta à situação, mas, se o clube não me quiser, vou-me embora. Enquanto isso não acontecer, vou dar a volta à situação.»

Sobre o facto de o FC Porto ter chegado à quinta vitória consecutiva em tantos outros duelos com o Sporting e se tais números refletem superioridade azul e branca, o treinador considerou: «Sinceramente, sentia mais superioridade do FC Porto em campo quando não perdíamos. O que interessa são os resultados e os factos dizem que temos de melhorar. Quando comecei a minha carreira, ganhei cinco jogos com os grandes e não tinha tanta experiência. Os resultados são o que são e não há como escondê-los nem estou aqui para os esconder. Se me pergunta se senti superioridade? Não, não senti. Perdemos nos detalhes e não porque o FC Porto tenha jogado melhor que nós ou nos tenha encostado.»