Ruben Amorim abre o livro: inspiração, superstição e as diferenças entre a liga portuguesa e a Premier League

INTERNACIONAL07.12.202411:22

Treinador do Manchester United numa conversa descontraída com a 'Sky Sports'

Ruben Amorim esteve à conversa com Sky Sports, onde respondeu a algumas questões de internautas. O treinador do Manchester United referiu que sempre quis ser jogador de futebol e, depois treinador, e nunca teve um plano B.

«Não tenho plano B. Nunca tive na minha vida. Queria ser jogador e fui – e não muito bom –, depois treinador. Programas de televisão [Ruben Amorim surgiu de calções num programa desportivo da TVI]? Foi por causa do Bruno Fernandes (risos). Ele foi 'barrado' num evento de ténis por usar calções, então decidimos ir para o programa de calções só para a diversão. É divertido. Estou a ganhar experiência aqui em Inglaterra, então talvez mude de trabalho se não ganhar jogos no Manchester United (risos). Mas não há plano B», referiu, confessando sentir falta do Sol de Portugal.

«Poderia dizer a comida, mas sei cozinhar. A comida é boa aqui, mas precisamos do Sol. Sei fazer coisas simples. Arroz, saladas, sopa para os bebés. Pastel de nata? Não, estou a tentar manter a forma (risos)», disse, falando de seguida sobre a sua inspiração como treinador.

«José Mourinho. Não foi com quem aprendi mais, mas é uma inspiração. Temos de o dizer se somos portugueses. É uma regra em Portugal (risos)», recordando o estágio com o Special One em Old Trafford: «Foi especial. Não por causa dos treinos, mas permitia que falássemos com ele, que é a coisa mais importante num estágio. As conversas entre nós. Mais do que os treinos, porque podes vê-los no YouTube, as coisas mais pequenas, como lida com os jogadores.»

O ex-treinador do Sporting falou ainda das diferenças entre a liga portuguesa e Premier League: «Os media. O ambiente, a forma saudável com que veem futebol. E é uma liga muito forte.»

«Ganhar como jogador ou treinador? Treinador, porque a responsabilidade é maior. É diferente, quando és jogador gostas de ganhar e jogar melhor. Se és o melhor em campo, podes estar triste, mas jogaste bem. Como treinador é difícil. Podes jogar muito bem, mas se não ganhares… Sou um mau perdedor», afirmou, revelando ter uma superstição.

«Tenho uma coisa com o Carlos Fernandes, que é meu adjunto. Pego em duas garrafas de água, dou-lhe uma e apertamos as mãos. É a única coisa», admitiu.

Questionado sobre o que seria uma boa época para os red devils: «O meu objetivo é que no final da época os adeptos vão ao estádio e saibam que vamos jogar assim, dominar. A consistência é importante. Mudar a formação? É difícil mudar algo mais dentro dos jogadores. A formação é simples.»

Numa conversa já mais descontraída, Ruben Amorim falou sobre o que faz para relaxar: «Estou sempre com os meus filhos. Se não ganho um jogo fico chateado até com a câmara. Com os meus filhos posso relaxar. Tento fazer ginásio por causa do fitness e para manter o meu casamento (risos).»

Já como o técnico Ruben Amorim treinaria o jogador Ruben Amorim: «Mensagem clara e ser honesto. Não podia escolher-me. Imagina que estava a treinar no Manchester United, não teria qualquer hipótese (risos).»