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ENTREVISTA A BOLA Robles: Liga Europa, Supertaça Europeia, Euro sub-21 e… títulos com Martínez e Rui Silva
Guarda-redes do Estoril apresenta currículo impressionante, com títulos internacionais de relevo ao nível de clubes e pela seleção sub-21 de Espanha; jogou com várias estrelas e conquistou troféus com o selecionador de Portugal e o guarda-redes do Sporting
O seu início de carreira, no Atlético de Madrid, é de sonho e conquista duas Taças do Rei, duas Supertaças Europeias, duas Ligas Europa…que memórias guarda?
Sim! Lembro-me bem da final da Liga Europa contra o Fulham em Hamburgo, da Supertaça Europeia no Mónaco, contra o Inter que tinha ganho a Champions com José Mourinho no ano anterior… depois o Mourinho foi embora e estava o Rafa Benítez como treinador. Nós, no Atlético de Madrid, tínhamos um grande plantel, tínhamos Forlán, Kun Agüero, José António Reyes, David De Gea… um plantel muito competitivo que, por isso, conseguiu títulos. São momentos bonitos, como te falei, que te fazem aprender também como se conseguem as coisas e vou tentar, como sempre tentei nos clubes em que estive, aportar toda a experiência que eu adquiri durante estes anos.
Em Inglaterra foi treinado no Wigan por Roberto Martínez…
Sim, estava no Atlético de Madrid e surgiu-me a hipótese de ir para o Wigan, com o Roberto Martínez. A verdade é que nem pensei, porque tenho muito respeito por Roberto Martínez, confio muito nele porque é um grande treinador e recebeu-me de braços abertos. Fui para lá, estivemos lá três anos e desde a segunda divisão conquistámos a FA Cup e estivemos perto de ganhar outros títulos, pois chegámos às meias-finais de uma Taça da Liga e de outra Taça de Inglaterra, mas fomos eliminados pelo Manchester City e pelo Manchester United.
«Acredito muito na energia que criamos e no futebol tem de dar-se muito para chegar a títulos»
Também conquistou uma FA Cup no Wigan e uma Taça do Rei de Espanha pelo Bétis, títulos vistos como inesperados. Foram também marcantes para si?
Ganhar títulos não é fácil, mas no Wigan conseguimos fazer história ganhando ao Manchester City para vencer uma FA Cup e com o Bétis, ao fim de muitos anos na Taça do Rei, com colegas como o Cláudio Bravo e o Rui Silva, que agora está no Sporting. Conseguimos ganhar ao Valência em Sevilha, e a verdade é que são momentos que vou levar para toda a vida.
«Tive a sorte de crescer a ganhar títulos e comecei a ganhá-los no Atlético de Madrid»
Foi campeão da Europa de sub-21 por Espanha, numa geração fantástica que ganhou todos os jogos desse Europeu, com Isco, Thiago Alcântara ou Morata e Dani Carvajal era inclusivamente suplente dessa equipa. Já naquela altura percebeu que todos seriam jogadores de craveira no futuro?
Sim, sim. A verdade é que essa seleção, para mim, foi uma das melhores gerações, que juntou as gerações de 90 às 92. Eu era de 90, o Isco era de 92. Éramos três ou quatro de 90 e o resto eram mais jovens e já se via o futebol que mostravam – lembro-me de Thiago e Isco, Illarramendi, Nacho, David de Gea, Carvajal, Morata, Rodrigo Moreno, Iker Muniaín…essa seleção tinha um diamantes e na final, contra a Itália, marcámos quatro num jogo, digamos, fácil contra uma Itália que era muito, muito boa.
Que também tinha grandes jogadores, como Verratti ou Immobile…
Exato, exato, e ganhar-lhes dessa maneira que o fizemos foi tremendo, desfrutámos muito do início ao fim, mas estávamos conscientes de que tínhamos uma grande seleção.
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