Ricardo Paiva: «Sporting tem a dinâmica ofensiva mais difícil de travar»
Ricardo Paiva, treinador do Boavista. Foto: D.R.

Ricardo Paiva: «Sporting tem a dinâmica ofensiva mais difícil de travar»

NACIONAL17.03.202423:14

Treinador do Boavista elogiou os leões, e diz que agora é olhar para a frente e lutar por mais pontos

O Boavista até sonhou durante largos minutos, ao ter entrado praticamente a ganhar e mantido a vantagem até perto do final da primeira parte, mas o Sporting acabou por marcar seis golos sem resposta e sai de Alvalade com os três pontos. Ricardo Paiva considerou, na conferência de imprensa, que o Sporting tem uma dinâmica ofensiva muito difícil de travar, e que a lesão de Abascal comprometeu o plano dos axadrezados.

— A lesão do Abascal foi determinante para o resultado?

— Sim, mexeu com a equipa, marcou o jogo, fez com que entrássemos na segunda parte se calhar não tão confiantes. Sofrer o segundo golo logo no início da segunda parte trouxe o melhor Sporting ao de cima e depois sofremos os outros golos. Derrota pesada, é preciso levantar a cabeça, o trabalha não sendo positivo vamos analisar e perceber o que se passou de menos bom. Olhar para a frente.

— Boavista com um treinador diferente começou com vitória sobre o Benfica e agora está a cinco pontos dos lugares de descida, como se lida com isto?

— Temos trabalhado da mesma forma desde a nossa chegada, olhando para o dia a dia de uma forma séria, potenciando os recursos humanos ao nosso dispor para corresponder aos jogos semanalmente de forma equilibrada. Não é possível comparar o início da época com esta segunda metade. Houve algumas alterações no mercado de inverno, mês de janeiro que para nós foi de alguma forma complexo, pela saída dos jogadores para seleções, saída de um jogador importante… situações que não nos permite fazer comparações, mas não estamos aqui para isso. Era óbvio que não íamos ganhar todos os jogos, seria difícil que assim fosse, mas vamos continuar a trabalhar de forma séria, preparando os jogadores o melhor possível, para que quando seja necessário fazer alterações, que eles estejam preparados.

— Já defrontou esta temporada os três grandes, esta equipa do Sporting foi a mais difícil de travar?

— Acho que cada equipa tem as suas características. Sporting tem uma dinâmica de ataque fortíssima, como é de conhecimento de todos. Tínhamos uma tática para parar essa dinâmica, tentando explorar os pontos mais frágeis defensivamente, mas a incidência deles acabou por nos remeter para esta marcha de marcador, este desfecho. Mas posso assumir que o sporting é talvez quem tem a dinâmica mais difícil de travar, de todas as que enfrentámos até aqui.

— Quão importante é a pausa para seleções?

— Acho que a pausa vai ser boa para conseguirmos refletir e corrigir os pontos menos positivos, dar continuidade ao trabalho que temos vindo a desenvolver, temos o trabalho definido e não é por haver uma vitória ou derrota mais ou menos avultada que vamos alterar. Vamos refletir, retificar, mas não sair da nossa linha de trabalho, e a pausa vai servir para isso mesmo, pegar em alguns pontos e ajustar o que for necessário.