Matador provou na Taça e encheu o copo na Liga (crónica)
Guilherme Schettine passa por um excelente período e foi decisivo em mais um triunfo dos cónegos. (Foto: José Coelho/LUSA)

Boavista-Moreirense, 0-2 Matador provou na Taça e encheu o copo na Liga (crónica)

Guilherme Schettine estreara-se a marcar diante do União de Santarém e voltou a fazer o gosto ao pé. Gabrielzinho ‘multado’ por excesso de velocidade. Panteras tiveram atitude, mas faltou acutilância

O Moreirense está novamente na mó de cima. Depois de duas vitórias nas duas rondas iniciais – Farense (2-1) e Arouca (3-1) -, os cónegos derraparam e passaram por uma série de cinco jogos sem vencer (três derrotas e dois empates). Mas esse período parece já ter ficado definitivamente para trás e são já três os triunfos consecutivos – dois para a Liga (Santa Clara e Boavista) e um para a Taça de Portugal (União de Santarém).

E o regresso aos bons momentos, consubstanciado no Bessa, tem tido o dedo de um matador: Guilherme Schettine. O ponta de lança brasileiro fez a assistência para o golo de Benny, na jornada anterior do campeonato, estreou-se a marcar no jogo para a prova rainha, no reduto da formação escalabitana, e voltou a fazer o gosto ao pé, ontem, diante das panteras.

E antes de faturar, o camisola 95 já tinha ameaçado. Aos 18 minutos, cabeceou para excelente defesa de César, mas pouco depois rodou muito bem sobre Rodrigo Abascal, já dentro da área, e rematou cruzado para o fundo das redes do guarda-redes brasileiro.

Nesta fase, havia muito pouco Boavista em termos ofensivos. Apenas Joel Silva e Salvador Agra deram um ar da graça dos axadrezados, mas Kewin nunca sentiu verdadeiro perigo. E, pelo meio, Alan poderia ter aumentado a contenda, após assistência de… Guilherme Schettine. O remate do criativo dos minhotos saiu, porém, por cima.

Após o descanso, previa-se uma reação dos nortenhos. E aconteceu. Logo no primeiro minuto da etapa complementar, curiosamente: Salvador Agra bateu um livre com conta, peso e medida, mas ao cabeceamento de Robert Bozenik respondeu Kewin Silva com uma excelente intervenção. Foi o melhor que se viu do Boavista no que concerne ao processo ofensivo…

O Moreirense, mesmo tendo menos bola, controlou sempre as operações, e Gabrielzinho (que já tinha ameaçado instantes antes, cabeceando ao poste) sentenciou o desafio já nos descontos: em excesso de velocidade (está sujeito a ser ‘multado’…), o extremo brasileiro isolou-se e, já quase sem ângulo, rematou certeiro.

Os cónegos estão bem, as panteras aflitas.