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Quem diria? Pavlidis já vale tanto como o João Félix do Benfica

NACIONAL08:00

Ponta de lança grego tem o desempenho exato do português em época de estreia e ainda tem margem para melhorar

Nada mais, nada menos: 43 jogos, 20 golos marcados. Os números pertencem a Vangelis Pavlidis, ponta de lança grego do Benfica, na presente temporada, e a João Félix, avançado do Benfica na época 2018/19.

O internacional grego leva 7 assistências e o internacional português chegou ao fim da temporada com 8, o primeiro passou, até ao momento, 2797 minutos em campo, o segundo completou a época de estreia com 2864 minutos de utilização.

Semelhanças incríveis entre jogadores tão diferentes. Na idade (os 26 de Pavlidis face aos 19 de João Félix quando chegou ao fim da temporada), na posição em campo, dado que um é 9 e o outro atuava como segundo avançado, apoiando Seferovic. E também nas características físicas e técnicas, sendo João Félix bem mais criativo do que o grego, que apoia o seu jogo na inteligência e velocidade, não sendo raras as fugas pelos flancos.

Basicamente, não poderiam ser mais diferentes, mas ainda têm também em comum o treinador e arranques de temporada intermitentes. João Félix era muito jovem, tinha apenas 18 anos quando começou a ser aposta. Não de Lage, mas de Rui Vitória. Foi depois da entrada de Bruno Lage, em janeiro, que começou realmente a mostrar a toda a sua classe e a marcar golos.

Pavlidis não teve tempo de sobressair com Roger Schmidt — foram apenas 4 jogos do alemão no início da época —, mas também tardou a confirmar com Lage a qualidade que lhe era reconhecida nos Países Baixos. 2019 e 2025, as segundas partes das épocas de cada um, foram, pois, momentos determinantes para estes goleadores do Benfica.

Pavlidis, que fez de penálti o 20.º golo de águia ao peito, sacudiu finalmente a pressão que o marcava e que condicionava claramente o seu jogo. Os golos apareceram e... apareceram os golos.

E chegar às duas dezenas não é para todos. Um olhar sobre os goleadores da história do Benfica diz-nos que nem figuras como Eusébio ou Nené, que estão entre os maiores dos maiores no que a golos diz respeito, conseguiram atingir tal fasquia na primeira temporada de águia ao peito.

Na era Lage no Benfica, além de Pavlidis e João Félix, com os tais 20 golos em 43 jogos, há que contar com o brasileiro Carlos Vinícius, em 2019/20 (47 jogos, 24 golos). O treinador não terminou a temporada — foi Nélson Veríssimo quem conduziu os 6 jogos dos encarnados, após a saída do até então chefe de equipa por maus resultados —, mas foi quem mais trabalhou com aquele que viria a ser o melhor marcador da Liga.

Antes do trio que trabalhou com Lage, encontramos o ponta de lança grego Kostas Mitroglou, que em 2015/16 conseguiu com 45 jogos e 25 golos marcados. Jonas, brasileiro que chegou à Luz a custo zero proveniente do Valência, fechou 2014/15 com 35 jogos e 31 golos.

A seguir, outro brasileiro, Lima, um bombardeiro que o Benfica contratou ao SC Braga em 2012/13: 49 encontros, 30 golos apontados. Óscar Cardozo, melhor goleador estrangeiro da história do Benfica (171 golos), também está na lista: 45 jogos, 22 golos, em 2007/08. Pierre van Hoiijdonk só jogou uma época na Luz, 2000/01, mas o neerlandês deixou 23 golos em 45 partidas de águia ao peito.

Por fim, Nuno Gomes, que em 1997/98 fez 22 golos em 40 jogos pelos encarnados, e José Augusto. A glória das águias, em 1959/60, começou a travar o nome a dourado na Luz: 34 jogos, 26 golos.