Pinto da Costa: «Já tive um Dragão, já tive um Lucho, Viena, mas nunca um André»

Pinto da Costa: «Já tive um Dragão, já tive um Lucho, Viena, mas nunca um André»

NACIONAL14.04.202415:06

Presidente do FC Porto e candidato a novo mandato falou em Argoncilhe

Declarações de Pinto da Costa, presidente do FC Porto e candidato a novo mandato, na Casa do FC Porto de Argoncilhe:

Razões para se candidatar

«Pensei muito em não me candidatar. A minha família e os meus amigos achavam que eu já tinha dado demais da minha vida ao FC Porto e que era tempo de descansar. Mas quando eu estava em reflexão sobre a minha decisão, apareceu uma nova candidatura. Ao princípio, eu fiquei feliz porque havia alternativa. Mas quando, no dia da apresentação dessa candidatura, eu vi a primeira fila onde estavam os tradicionais inimigos do FC Porto, eu pensei duas vezes. Ao fim de pensar duas vezes, estava indeciso, mas quando comecei a ouvir a conversa, quando me vieram tentar influenciar para que eu não candidatasse, dizendo que eu seria o presidente dos presidentes, que eu teria todas as mordomias possíveis e imaginárias no FC Porto, eu percebi que esse canto da sereia era para deixar em aberto o campo daqueles que acompanhavam e dirigem essa candidatura. Então decidi que não ia permitir que o FC Porto fosse abrir as portas aos seus inimigos, não ia permitir ter nas primeiras filas a comandar as operações a Olivedesportos, que por não ter conseguido apresentar uma proposta melhor que a Altice, perdeu os direitos televisivos. E não quero de maneira nenhuma deixar que o FC Porto seja um campo de luta de direitos televisivos. Não vamos de maneira nenhuma ceder a pressões ou a chantagens.»

Villas-Boas

«Naturalmente, muitos de vós terão ouvido aquele programa que fizeram sobre a minha vida. Nele, muitas pessoas deram um discurso. E o outro candidato fez-me elogios, de certeza do meu funeral não vou ter tantos... Depois afirmou que escrevia coisas a mim que não escrevia ao seu pai. Bem, mas realmente, dizendo os maiores elogios, terminava sempre dizendo «abraço do seu André.» Eu nunca tive um André. Eu já tive um Dragão, já tive um Lucho, já tive uma Viena, mas André eu nunca tive. Mas ele dizia que era o meu André… Ouviram na apresentação da sua candidatura, novamente, eu era o Presidente das Presidentes, eu tinha um legado fantástico, eu tinha tudo. Mas no momento em que eu decidi, candidatar-me, tudo aquilo foi esquecido. O que escreveu, o que disse e o que eu fiz. Passou a estar tudo mal, passou a criticar tudo o que não temos para fazer. E isso mostra que realmente a luta é pela terra queimada. Fizeram coisas que estão a fazer hoje inadmissíveis.»

Raúl Costa (agente)

«Um dos mentores da outra candidatura, que é empresário, fez a venda do Luis Díaz para o Liverpool. Quando ia receber uma comissão de cerca de quatro milhões de euros, pediu para dividir por três. Não vimos mal nenhum e aceitámos. Sabem o que aconteceu? Um dos seus parceiros pôs-nos um processo na FIFA que seria impeditivo de participarmos em competições nacionais.»

Academia na Maia

«Quero ser candidato pelo futuro do FC Porto. Sou candidato porque por mais que tentassem boicotar a nossa academia na Maia, não conseguiram. Vai ser uma realidade. Vai ser o nosso orgulho e a melhor de Portugal. Não é uma utopia, nem um chorrilho de mentiras, como disse o outro candidato. Se tiverem vergonha, vão ter de engolir tudo o que disseram.»

Unir o FC Porto

«Renovei a minha equipa quase completamente no desejo de reforçar o entusiasmo, de conseguir realizar os projetos que temos. Queremos reforçar a equipa de futebol para nos dar as alegrias que nos deu nestes anos com grande frequência. A 28 de abril, a minha primeira preocupação será unir a massa associativa do FC Porto e afastar os que nos querem mal. Não vamos confundir os que têm interesses comerciais. Precisamos de estar todos unidos, todos pelo Porto. Todos.»